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celulose e papel etanol
2009-03-12
Em visita à Inglaterra, realizada na primeira semana de março, um grupo de pesquisadores integrantes da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) estabeleceu projetos de cooperação científica com as universidades de Cambridge e de York.

A missão – que teve foco em projetos conectados ao programa FP7, da Comissão Europeia – teve a participação de Marcos Buckeridge, do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP), Glaucia de Souza, do Instituto de Química da USP, e Rubens Maciel, da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De acordo com Buckeridge – um dos responsáveis pela seção de Biomassa do BIOEN e um dos coordenadores da área de biologia da FAPESP – a missão rendeu três projetos específicos, todos focados no futuro desenvolvimento do etanol celulósico.

“O mais importante desses contatos internacionais é que eles demonstram que a cooperação entre o Brasil e os países da Europa não são mais uma via de mão única. O BIOEN não se limitará a trazer conhecimento novo, mas também levará aos outros países a ciência produzida no Brasil”, disse à Agência FAPESP.

Segundo ele, foi estabelecido durante a missão que o BIOEN e as universidades inglesas – além de outros parceiros franceses – realizarão projetos conjuntos que serão aplicados às chamadas voltadas para o tema da bioenergia no programa FP7 (sigla para Seventh Framework Programme), promovido pela Comissão Europeia. A condição para participação no FP7 é ter envolvimento com pesquisadores brasileiros.

“Outros países procuram cooperação conosco porque o Brasil já leva vantagem nas pesquisas – não apenas por ter tradição na área, mas também pelo fato de possuir plantas piloto, que nos permitirão aplicar diretamente o conhecimento produzido, finalizando o desenvolvimento tecnológico”, afirmou.

De acordo com Buckeridge, o Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), ligado à Unicamp e ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), construirá, em Campinas, no interior de São Paulo, a maior planta piloto de hidrólise enzimática do mundo.

Os três projetos serão coordenados, no Brasil, pelo BIOEN. “Na Inglaterra, os responsáveis pela cooperação são os professores Paul Dupree, do Departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge, e Simon McQueen-Mason, do Departamento de Biologia da Universidade de York”, contou.

Parede celular
Com a Universidade de Cambridge, as pesquisas conjuntas serão focadas na busca de genes ligados à principal hemicelulose da cana. “São genes relacionados com a síntese e degradação dessa hemicelulose – um ponto central para o desenvolvimento do etanol celulósico”, disse.

As hemiceluloses são polissacarídeos que, como a celulose, a pectina e as glicoproteínas, formam as paredes celulares das plantas. Dispostas de forma intercalada às microfibrilas de celulose, elas contribuem para a textura rígida dos vegetais.

Os estudos com a Universidade de York serão voltados para o desenvolvimento de um sistema de alto desempenho para aumentar o potencial de sacarificação – conversão do amido no açúcar industrial – da cana-de-açúcar.

“Com o uso dessa tecnologia, conhecida como sistema de high-throughput, vamos poder descobrir substâncias que melhorem o acesso das enzimas à parede celular, facilitando sua degradação”, explicou.

Um terceiro projeto, que envolverá as duas universidades britânicas e grupos de pesquisadores da França, será voltado para um estudo comparativo do metabolismo das ligninas, polímeros orgânicos que unem as fibras celulósicas, aumentando a rigidez da parede celular vegetal.

O objetivo é analisar os genes relacionados à síntese da parede celular em três plantas: cana-de-açúcar, milho e miscanto, gramínea comum em regiões de clima subtropical na Ásia e na África.

“Esse projeto evoluiu bastante com a nossa visita. Cada uma dessas três gramíneas, que são muito semelhantes, tem importância especial para os países envolvidos. A idéia é compará-las sob o ponto de vista do metabolismo da parede celular”, disse Buckeridge.
 
(Por Fábio de Castro, Agência Fapesp, 12/03/2009)

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