Tecnologia permitirá localizar os proprietários dos animais, se necessário
A engenheira florestal Ana Benetti Seibt, 58 anos, gostou da ideia de ter guardadas todas as informações sobre Adebisi, seu novo cão, em um minicilindro de vidro do tamanho de um grão de arroz, introduzido sob a pele do animal. Eles foram os protagonistas, ontem, do início do programa de implante de chips em cachorros abandonados da prefeitura de Porto Alegre.
Logo após ser submetido ao procedimento – feito por veterinários do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde –, o cachorro, uma mistura de labrador e fila de dois anos, deixou o canil com a nova dona. Adebisi fará companhia a outros três labradores e um fox. A aposentada também cria gado e cavalos em sua propriedade, no Lami.
– Ele ficou bem faceiro de ir para casa. Na hora de botar o chip, ficou meio nervoso. É que tinha muita gente assistindo – contou Ana.
Por meio de chips como o implantado em Adebisi, será possível identificar os proprietários e responsabilizá-los em caso de abandono, agressão, mordeduras ou qualquer dano causado pelo cão.
Desde ontem, todos os animais encaminhados para adoção pelo canil municipal recebem a identificação eletrônica, além de vacina antirrábica (para todos os cães) e polivalente (filhotes), de acordo com o coordenador do projeto, o veterinário José Carlos Sangiovanni.
– Cada pessoa que adotar um animal do canil receberá um certificado de microchipagem. A política de controle da população animal parte do princípio da identificação – explica.
(Zero Hora, 12/03/2009)