As obras para a construção da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, só trouxeram prejuízos para Jaci-Paraná até agora. O local fica a 90 km de distância de Porto Velho (RO) e ali a população aumentou sensivelmente sem que houvesse estrutura para receber as novas famílias atraídas pela oferta de trabalho decorrente da construção da segunda hidrelétrica do Rio Madeira. As informações são do site Rondoniagora.com.
Segundo o veículo, o único hospital de Jaci-Paraná atende hoje 100 pessoas por dia, enquanto as duas escolas existentes no distrito, uma estadual e outra municipal, não tem condições de atender à atual demanda de alunos, que chegam ao número de 50 por sala de aula.
A situação foi verificada quando uma sessão itinerante da Câmara dos Vereadores de Porto Velho visitou Jaci-Paraná a pedido do vereador Jurandir Bengala (PT). O Consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), responsável por construir Jirau, não enviou representantes que pudessem falar sobre formas de compensação aos impactos causados pela obra. O gerente da empresa Camargo Corrêa, que faz parte do Enersus, Neudo Inocente, disse que a empresa para a qual trabalha não é culpada pelos efeitos da construção da hidrelétrica, já que é apenas contratada pelo consórcio que obteve concessão para realizar a obra.
O vereador Marcelo Reis (PV), que esteve na audiência especial da Câmara dos Vereadores, disse à reportagem do Rondoniagora.com que constatou a superlotação do único hospital de Jaci-Paraná e a falta de pessoal na Polícia Militar local, bem como ausência de vagas nas escolas, dentre outras preocupações da comunidade. De acordo com Reis, será necessário construir um novo hospital e mais salas de aula, além de ser urgente o encaminhamento de novos policiais ao distrito. Hoje, as ocorrências de crimes só podem ser feitas em Porto Velho por falta de estrutura da Polícia Civil de Jaci-Paraná.
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Amazonia.org, 11/03/2009)