Em Porto Alegre, cerca de 500 integrantes da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) realizaram caminhada na manhã de ontem. A manifestação, que integra a Jornada Nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina, se deslocou do Parque a Harmonia até a agência central do Banco do Brasil, onde foi realizado um protesto com panelaço. 'Somos contra o fato do governo federal dar dinheiro para multinacionais e grandes empresas para salvá-las da crise financeira mundial. O mesmo recurso poderia ser aplicado em emprego, saúde, educação e segurança no campo e nas cidades', afirmou Cláudia Camatti, integrante do MTD.
O movimento de protesto reivindica investimentos voltados à produção de alimentos saudáveis pela agricultura familiar; implementação da reforma agrária; mais creches para crianças de zero a 6 anos; reconhecimento da mulher no mercado de trabalho; e justiça social e fim da violência de gênero.
Do Banco do Brasil, as manifestantes caminharam até o Palácio da Justiça, na Praça da Matriz. As mulheres sentaram no asfalto em frente ao prédio para fazer vigília pela liberação das companheiras que foram detidas, em Aceguá, para averiguação, após revista da Brigada Militar do grupo que invadiu a fazenda Aroeira, de propriedade da Votorantim Celulose e Papel.
(Correio do Povo, 11/03/2009)