A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) retoma a luta de apoio ao gasoduto Urucu-Porto Velho.O empreendimento permitirá o escoamento inicial de aproximadamente 5 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, para as cidades de Manaus (AM) e Porto Velho (RO).
A Fiero reafirma que acredita na viabilidade do projeto da construção do gasoduto que terá 550 quilômetros ligando Urucu e o município de Porto Velho. Para aproveitamento do gás natural no abastecimento de energia elétrica na região, estão previstos investimentos da ordem de R$ 1 bilhão na adaptação das usinas termoelétricas existentes e em novas instalações.
Presidente
"A obra vai possibilitar a utilização de um tipo de combustível veicular menos agressivo para o meio ambiente. Do ponto de vista do desenvolvimento sustentável, não podemos ter o gás em Urucu e queimar diesel em Porto Velho", ressalta o presidente da entidade, Denis Roberto Baú. "O gás é um combustível mais limpo, que não causa efeitos tão nocivos à atmosfera, enquanto o diesel é bastante prejudicial para o meio ambiental", explicou.
Superintendente da Fiero, Gilberto Batista lembra que "a Termonorte vem consumindo, em substituição ao gás natural, aproximadamente 1,5 milhão litros de óleo diesel por dia. "Com o gás natural proveniente de Urucu teríamos uma nova opção de combustível veicular menos poluente e com preços mais atrativos", diz Batista em sintonia com o presidente da federação.
Batista rebate posições contrárias à obra. Uma delas é a alegação da Petrobras de que o tempo de durabilidade desse gás é insuficiente para cobrir os custos do investimento, que demoraria vinte anos para ser pago. "Temos informações da existência de estudos na própria Bacia de Urucu afirmando que estas reservas ultrapassariam os cem anos, desta forma o investimento se pagaria tranquilamente", ressalta o representante da Fiero.
(Rondonoticias,
Amazonia.org, 10/03/2009)