As Forças Armadas uruguaias minimizaram nesta terça-feira um acidente ocorrido em janeiro com uma pequena embarcação da fábrica finlandesa de pasta de celulose Botnia, desmentindo que a embarcação tenha afundado, conforme havia noticiado a imprensa local. O acidente aconteceu durante um temporal, envolvendo uma embarcação de pequeno porte da empresa finlandesa. O barco estava atracado no cais da fábrica, que fica na cidade uruguaia de Fray Bentos, a 309 quilômetros de Montevidéu e próximo à fronteira com a Argentina.
Em entrevista à ANSA, o oficial das Forças Armadas uruguaias Anselmo Borges explicou que "entrou água (no barco), que ficou amarrado ao cais, mas não afundou". O acidente ganhou destaque na imprensa local por envolver a Botnia, que desde sua instalação enfrenta protestos de manifestantes argentinos, que acusam a fábrica de poluir o ambiente. Em sinal de protesto, os manifestantes bloqueiam uma ponte binacional há mais de dois anos, o que causou um conflito diplomático entre Buenos Aires e Montevidéu.
"Sinceramente, parece-me que não dá para ser notícia um barco com este porte. É uma carcaça de fibra com um motor que serve para transportar pessoas. Se estivéssemos falando de uma embarcação carregada de celulose, então sim, acredito que seria notícia", acrescentou Borges. O conflito que envolve a Botnia será julgado no início do próximo ano, pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.
(ANSA, 10/03/2009)