A Igreja Católica pediu ontem aos líderes europeus que reforcem a luta contra a mudança climática, adotando mais compromissos contra o aquecimento global. O pedido está contido numa mensagem que a Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia (COMECE) enviou ao primeiro-ministro tcheco e presidente de turno da União Européia, Mirek Topolanek.
Para a Igreja, a mudança climática representa "um dos desafios morais e políticos mais urgentes do século XXI". Por isso, os chefes de Estado europeus devem ter um papel "pioneiro" na defesa do meio ambiente, já que, "se fracassarem neste desafio, isso representará uma derrota para toda a humanidade".
Os bispos europeus pedem que a questão esteja no centro da próxima reunião de cúpula, nos dias 19 e 20 de março. Nela, os líderes europeus vão definir sua política para o encontro da ONU sobre o clima, que se realizará em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro. Por isso, a COMECE espera que a União Européia adote uma posição mais ambiciosa e que chegue a um pacto internacional para substituir o Protocolo de Kyoto a partir de 2012.
Para a Igreja européia, reduzir as emissões nocivas em 20% "não é suficientemente ambicioso" e recomendaram à UE que adote um objetivo não inferior a 30% no corte nas emissões poluidoras.
"Encorajamos os líderes europeus a demonstrar sua solidariedade e sua vontade política, para que protejam a vida de milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, cuja vida e meios de subsistência estão em perigo por culpa do aquecimento global, que é fruto do mundo industrializado" – afirmam os bispos. (BF)
(O Ecumene, 10/03/2009)