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via campesina passivos do agronegócio celulose e papel
2009-03-10
Sem-terra ligados à Via Campesina, a maioria mulheres, promoveram ontem invasões e protestos em sete Estados e no Distrito Federal para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado anteontem. Em Brasília, cerca de 300 mulheres, segundo a Polícia Militar, invadiram o Ministério da Agricultura num protesto que durou quatro horas. A invasão ocorreu às 7h25. Usando lenços nos rostos, bandeiras e faixas, algumas com bonés e camisetas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), as mulheres romperam um bloqueio de cinco seguranças e invadiram o piso térreo do prédio. Na ação, foram quebrados vidros da porta principal.

A Via Campesina, grupo internacional do qual MST, MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) e CPT (Comissão Pastoral da Terra) fazem parte, diz que o governo tem sustentado um modelo de exportação do agronegócio, em detrimento de trabalhadores rurais, da reforma agrária e de pequenos agricultores.

O ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) disse que o protesto foi "pacífico", mas considerou o ato "fora de foco", pois agricultura familiar e reforma agrária são tratados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Não foi pedida audiência com o ministro.

País
Em Pernambuco, onde quatro seguranças foram mortos por sem-terra no Carnaval, houve confronto quando policiais tentaram impedir que cerca de cem trabalhadores rurais entrassem no pátio da Usina Cruangi, em Aliança. Um sem-terra foi conduzido à delegacia de Timbaúba após ferir um PM no rosto, mas foi liberado. Neste ano, protestos tiveram como foco o suposto descumprimento da legislação trabalhista por empresas proprietárias de terras. No mês passado, o Ministério do Trabalho resgatou 252 trabalhadores rurais -27 deles menores de idade- da Usina Cruangi em condições análogas à escravidão.

Em São Paulo, cerca de 600 mulheres, sendo 40 crianças, invadiram terras do grupo Cosan em Barra Bonita e acamparam a 800 metros da usina da Barra, a maior do mundo em capacidade de moagem de cana, segundo a empresa. Em Candiota (RS), cerca de 600 mulheres invadiram a fazenda Aroeira, área de 18 mil hectares que pertence à Votorantim Papel e Celulose, e destruíram parte de plantação de eucalipto. Manifestantes puseram abaixo cerca de 1.600 pés de eucaliptos em 90 minutos.

Para minimizar o risco de processos, mulheres que destruíram os eucaliptos se recusaram a dar entrevistas. A porta-voz do movimento, que falou com a Folha por telefone e não atuou diretamente na ação, diz que manifestantes de invasões anteriores se tornaram rés após serem identificadas. Em Alagoas, sem-terra destruíram parte da área de cana de um fazenda do ex-deputado João Lyra, em Branquinha. Mulheres da Via Campesina de quatro Estados (ES, MG, RJ e SP) invadiram o Portocel, porto de exportações da Aracruz Celulose, em Barra do Riacho (ES).

Segundo o movimento, cerca de 1.300 mulheres participaram -45, segundo a Aracruz. As operações pararam por cinco horas. Segundo a empresa, cerca de 2.000 toneladas de celulose foram danificadas. Agricultoras também protestaram em frente ao Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo) de Presidente Prudente (SP). A mobilização foi liderada por Diolinda Alves de Souza, mulher do líder sem terra José Rainha Júnior. Na Paraíba, houve protesto em frente à Asplan (Associação dos Plantadores de Cana). No Paraná, em Porecatu, 1.200 participaram de caminhada.

(Folha de S. Paulo, 10/03/2009)

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