Onda de destruição de recipientes no final de semana levou Codeca a acionar órgãos de segurança Caxias do Sul – Os órgãos de segurança pública se uniram no combate ao vandalismo contra contêineres de coleta de lixo da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca). A ação ficou acertada em uma reunião ocorrida na tarde de ontem entre representantes da prefeitura, da Guarda Municipal, da Brigada Militar e da Polícia Civil. A providência foi tomada porque a Codeca pediu ajuda à polícia após a destruição de 10 contêineres, no final de semana, o que resultou em um prejuízo de R$ 13 mil.
Na madrugada de segunda-feira, oito contêineres amarelos foram totalmente consumidos pelo fogo e um teve perda parcial. Os recipientes estavam em ruas dos bairros Cristo Redentor, Exposição e Panazzolo. Na madrugada de sábado, outro contêiner havia sido queimado, no Centro. Esse foi o maior ataque registrado desde a implantação do sistema de coleta, em agosto de 2007.
– Se nota claramente a intenção de tornar os contêineres um vizinho indesejável. Isso não foi por acaso, tem algo por trás. A destruição seguiu o sentido do trânsito, um contêiner incendiado a cada 10 minutos, a partir da 1h30min. Fica difícil tirar uma conclusão de quem está ganhando com isso. Mas uma coisa é certa: não é um vandalismo qualquer – opina o diretor-presidente da Codeca, Adiló Didomenico.
Segundo o secretário municipal de Segurança Pública, Roberto Louzada, a Guarda Municipal e a Codeca farão rondas, com viaturas discretas, para flagrar os ataques:
– A Codeca identificou os pontos onde o vandalismo acontece com mais frequência. Além dessa parte repressiva, vamos trabalhar com conscientização da população.
Serão feitas campanhas para que a população denuncie se presenciar um ato suspeito. Empresários e moradores de imóveis que forem monitoradas por câmeras de vigilância serão convidados a disponibilizar imagens que possam ajudar a identificar suspeitos.
– A Brigada fará a parte que nos cabe, que é o policiamento ostensivo – diz o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Júlio César Marobin.
O delegado regional Paulo Rosa da Silva, que também participou da reunião, adianta que a Polícia Civil ainda não tem elementos que apontem para um crime organizado, como suspeita Didomenico:
– Não existe nada tocante a isso. Vamos fazer esse trabalho em conjunto com a Guarda e Brigada Militar para identificar quem são os responsáveis.
(Pioneiro, 10/03/2009)