Postergados pela crise, os projetos das grandes indústrias de celulose, como a Aracruz, Votorantim Celulose Papel e Stora Enso, adiaram expectativas. Pelo menos em cem municípios entre as regiões da Fronteira-Oeste e Metade Sul do RS, produtores iniciaram plantio vinculado a estas fábricas. Mas nem por isso o mundo florestal gaúcho desmoronou. Na metade deste ano, entra em operação a unidade industrial da chilena Masisa, em Montenegro, com mais de R$ 220 milhões em investimentos. Ela vai se abastecer da matéria-prima (eucalipto, pinus e acácia) para produzir os aglomerados MDP e MDF em cidades localizadas num raio de 250 quilômetros de Montenegro, observa o presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Agelor), Roque Justen. Em Glorinha, a Fibraplac inaugura em 60 dias a sua terceira linha de fabricação de aglomerados e, no município de Taquara, a Satipel amplia a industrialização destas chapas. Se há dúvidas no longo prazo, há boas certezas no agora.
(Por Denise Nunes, Correio do Povo, 09/03/2009)