Encabeçada por nomes como Warren Buffett, Bill Gates e Michael Bloomberg, a lista é resultado de uma pesquisa do jornal britânico The Times e revela quem está realizando investimentos de peso em negócios como carros elétricos, energia solar e combustíveis alternativos.
Para produzir a lista, o Times primeiro selecionou personalidades que já demonstraram seu comprometimento investindo grandes somas no setor verde, e, depois, os colocou em ordem da maior para a menor fortuna.
Se somados os patrimônios dessas 100 pessoas, chega-se a quantia exorbitante de R$ 905 bilhões. Todo esse dinheiro deixa claro como pode ser importante o engajamento desses investidores nas questões do meio ambiente.
A semelhança entre essa lista dos maiores investidores verdes com a seleção dos homens mais ricos do mundo demonstra que nunca foi tão grande o apelo, e os possíveis lucros, das novas tecnologias em energia limpa e meio ambiente.
Buffett e Gates, por exemplo, vêm revezando o topo da lista da revista Forbes dos mais ricos do planeta há anos, e agora estão gastando uma parte de seu gigantesco capital em apostas nas futuras energias. O mega investidor Buffet está interessado em áreas como eólica e carros elétricos, enquanto o fundador da Microsoft está bancando pesquisas de combustíveis alternativos, como os produzidos a partir de algas.
No último dia 27, Buffett, em uma carta aos acionistas da empresa de investimentos Berkshire Hathaway, administrada pelo bilionário, reforçou a importância de se buscar novas oportunidades e destacou os investimentos em fornecedoras de energia elétrica. “Eu adoro esses novos projetos de energia, apesar de necessitarem de muito capital apresentam a possibilidade de um retorno imenso(...) Além disso, é fundamental diversificar o máximo possível as fontes de renda, ainda mais nesse período de crise”, afirma o documento.
Diversidade
Os norte-americanos dominam a lista, sendo 35 dos 100 selecionados, o que mostra que mesmo antes da onda verde do governo Obama, a iniciativa privada dos EUA já via oportunidades promissoras no setor.
Até empresários como o magnata do petróleo T Boone Pickens está investindo parte dos seus US$ 2,5 bilhões em tecnologia eólica, como uma das frentes do seu projeto de livrar os EUA da dependência da energia de outros países.
Enquanto aparentemente o dinheiro norte-americano está caçando energias alternativas mais eficientes, os chineses da lista estão atrás de produzir em massa essas mesmas tecnologias.
Os 17 empresários chineses que aparecem nas últimas posições investem quase que exclusivamente em automóveis movidos à energia solar e eletricidade. Trata-se de um mercado altamente competitivo onde o que conta é cortar custos e ganhar consumidores.
Por sua vez, os sete alemães estão interessados primordialmente na tecnologia de energia eólica, que já se consolidou como uma das bases energéticas do país. A exceção são os gêmeos Andreas e Thomas Strungmann, que venderam o império farmacêutico que construíram, avaliado em US$ 9 bilhões, e acabam de usar parte do dinheiro adquirido para salvar da falência uma companhia de energia solar.
O grande destaque britânico segue sendo Sir Richard Branson, que lançou a Virgin Fuels em 2006, empresa que promete investir cerca de US$ 1,5 bilhões nos próximos 10 anos em pesquisas de energias renováveis. Branson gastou, ainda, mais de US$ 22 milhões em usinas de etanol nos EUA e se comprometeu a gastar outros US$ 70 milhões em projetos semelhantes ao redor do mundo.
(Por Fabiano Ávila, CarbonoBrasil, 06/03/2009)