O Banco Mundial (Bird) aprovou um empréstimo de US$ 1,3 bi para projetos ecológicos no Brasil, dentro de um pacote voltado para a luta contra a deterioração da floresta amazônica e em defesa da energia renovável. "O programa apoia o compromisso do Brasil para melhorar seus resultados ecológicos e de combate à pobreza, ao mesmo tempo em que implementa um modelo de competitividade e crescimento acelerados", indica o comunicado do Bird.
O empréstimo "apoiará o gerenciamento sustentável das terras agrícolas, das florestas e dos recursos hídricos, reduzirá o desmatamento no Amazonas, a degradação da terra, da água e de outros recursos essenciais para o bem-estar dos pobres, além de promover fontes renováveis de energia", explica o texto.
Outro objetivo do projeto é proteger os cerca de 95 mil km2 que restam da mata atlântica brasileira, o que corresponde a 7,3% da área original deste ecossistema. "O novo programa se apoia no bom trabalho que tem sido realizado pelo Brasil. É um complexo esforço de múltiplos atores do governo, e todos os ministérios devem ser parabenizados por isso", elogia Mark Lundell, chefe do projeto do Bird, citado no comunicado.
O empréstimo é a primeira operação dentro de um programa de desenvolvimento sustentável e meio ambiente do Bird. Os primeiros US$ 800 mi serão desembolsados imediatamente, e os US$ 500 mi restantes serão liberados conforme a conclusão das metas estabelecidas pelo programa, de acordo com o governo brasileiro.
Através de empréstimos como o do Bird, Brasília tem a intenção redefinir as políticas públicas com um conteúdo sustentável, dando prioridade às comunidades locais na hora de explorar os recursos da floresta e reduzindo a depredação de terras e matas, destaca o texto.
O Brasil abriga em suas fronteiras um terço da selva tropical mundial, além de possuir a maior reserva de água doce (20%) e uma das mais ricas biodiversidades do planeta. Em 2008, o país registrou mais de 12 mil km2 de desmatamento, segundo dados oficiais.
(France Presse,
Folha Online, 05/03/2009)