Fiscais do Ibama, com o apoio da Polícia Ambiental, autuaram cinco pessoas no Município de Jaguaré, região norte do Espírito Santo, por explorarem ilegalmente 108 hectares de Mata Atlântica. Foram nove autos de infração por desmatamento , queimadas e descumprimento de embrago. As multas aplicadas somaram R$ 662 mil.
Para os fiscais do Ibama esta foi a maior destruição de Mata Atlântica registrada no Espírito Santo nos últimos anos. O ICMBio já havia multado e embargado a área. Porém, os responsáveis pelo terreno comtinuaram a exploração e aumentaram a área danificada. Dos 108 hactares danificados, 44 hectares já estão completamente desmatados e queimados.
Segundo Ananlistas Ambientais do Ibama, a mata do local vai precisar de pelo menos 100 anos para se recuperar desta ação criminosa. Porém, os fiscais do Instituto afirmam que os responsáveis terão de restituir vegetação que foi danificada e retirada da região.
A Mata Atlântica é uma das vegetações mais degradadas do país, retando apenas cerca de 6% da área original, e por isso, esta operação representa um avanço positivo na proteção deste Biôma. No momento da fiscalização, vários foguetes foram utilizados pelos infratores que estavam realizando o desmate se comunicassem para ficarem alertas com a chegada do Ibama.
Os cinco autuados nesta operação vão responder a processo criminal junto ao Ministério Público Estadual e possuem 20 dias para registrarem suas respectivas defesas junto ao Ibama. Desmatar, queimar e explorar mata nativa é crime ambiental grave. Além da multa e do embargo do local o responsável pelo desmate pode ser condenado até um ano de detenção.
(Por Luciana Carvalho,
Ibama, 06/03/2009)