As chuvas que atingem praticamente todo o Estado do Pará desde fevereiro causaram a morte de três pessoas e obrigaram 474 famílias a abandonarem suas casas - 237 desabrigadas, 217 desalojadas e 20 deslocadas, de acordo com boletim divulgado hoje pela Defesa Civil Estadual. Outras 2.923 famílias foram atingidas pelas inundações, mas permanecem em suas residências.
Onze municípios estão sendo monitorados pela Defesa Civil Estadual ou pelos órgãos municipais - Santarém, Marabá, Parauapebas, Tucuruí, Nova Ipixuna, Altarmira, Itaiatuba, Aveiro, Novo Progresso, Jacareacanga, Trairão, Maracanã. Foi decretada situação de emergência nas cidades de Nova Ipi-xuna e Breves, esta última atingida por um incêndio. As enchentes nos municípios são causadas, sobretudo, pelas cheias dos rios Tocantins, Amazonas, Parauapebas, Tapajós, Xingu e Praialta e os igarapés Sonrisal, Ilha do Coco e Tamarindo.
O município de Parauapebas, no sudeste do Estado, enfrenta a situação mais grave: três pessoas morreram, 122 famílias estão desabrigadas e 111 desalojadas por conta das enchentes. Os desabrigados foram acomodados em ginásios e centros comunitários. A Defesa Ci-vil Municipal está distribuindo cestas básicas, colchões e roupas aos atingidos. De acordo com o sargento e meteorologista Reginaldo Pacheco, da Defesa Civil Estadual, na Região Metropolitana de Belém, Ilha de Marajó, nordeste e região central do Estado, o prognóstico do acumulado de chuvas para o mês de março é de 450 a 470 milímetros, sendo que a média histórica para o período é de 380 a 420 milímetros. Segundo o sargento, a situação nos municípios do sudeste do Estado - entre eles Parauapebas e Marabá - deve melhorar nos próximos dias, já que o nível do rio Tocantins está baixando, em razão da diminuição das chuvas na região.
(Diário do Amapá,
Amazonia.org, 05/03/2009)