O governo federal quer fechar o cerco ao desmatamento na Amazônia. Para isso, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, acertou nesta terça-feira (3) com o do Planejamento, Paulo Bernardo, a contratação de 2 mil servidores, sendo 1000 fiscais ambientais e 1000 policiais federais, todos para atuar exclusivamente na região amazônica, no combate aos crimes ambientais. Dos contratados para a área ambiental, 450 vão trabalhar no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e 550 serão lotados no Ibama.
O ministério já recebeu autorização para começar a trabalhar nos editais. Segundo o ministro, não se trata de criação de novas vagas nos dois órgãos. “Haverá um remanejamento das vagas já existentes, concentradas nesse esforço”, disse Minc. Além dos servidores, o MMA vai firmar contrato para a utilização de quatro aeronaves que fiscalizarão as áreas indicadas pelos satélites e em caso de confirmação poderá convocar até mesmo a Força Nacional para combater crimes ambientais. A preocupação agora, segundo explica, se estende até mesmo às áreas que envolvem o manejo sustentado. O Ibama tem identificado casos em que os negócios autorizados extrapolam os limites definidos, resultado em degradação ambiental.
A delegada da Polícia Federal, Fernanda Santos, que participou do anúncio das novas medidas no Ministério do Meio Ambiente, destacou o papel da instituição na Operação Arco de Fogo, que vem reprimindo as ações criminosas contra o meio ambiente na Amazônia e indiciando os criminosos. Ela destacou o papel da inteligência, salientando que “muitas vezes chegamos às áreas desmatadas e encontramos apenas os empregados”, lembrando que os verdadeiros autores dos delitos precisam ser identificados e em muitos casos estão bem longe das áreas atingidas.
(Por Paulenir Constancio,
Ascom/MMA, 03/03/2009)