Estudo define estratégias para os próximos 15 anosPrejudicado pela crise econômica, o agronegócio virou questão estratégica para o governo Lula. Desde o dia 2 de fevereiro, um grupo ligado ao Palácio do Planalto trabalha na elaboração de um plano de longo prazo para o setor.
A previsão inicial era que o projeto fosse colocado em prática no próximo ano, mas alguns programas já estão saindo do papel.
O desafio de desenhar um plano para os próximos 15 anos está nas mãos do pesquisador da Embrapa Soja Décio Gazzoni, que está em Brasília desde o início de 2009, à frente da gerência do projeto na Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O agrônomo tem até dezembro para concluir essa missão.
– Vamos avaliar como deve ser o cenário mundial na década de 2020, quais serão os problemas enfrentados e quais serão as oportunidades – explica Décio.
Para o pesquisador, o agronegócio se depara hoje com diferentes gargalos, que vão desde questões tributárias à infraestrutura. O trabalho deve identificar prioridades, definindo o que deve ser feito, quanto custa, quem faz, o que deve ser feito, quem envolve, quanto tempo toma.
A Secretaria de Assuntos Estratégicos, no entanto, adianta que algumas ações já estão sendo colocadas em prática.
O programa desenvolvido pelo Ministério da Agricultura para a recuperação de áreas degradadas tem o objetivo de evitar a expansão das fronteiras agrícolas sobre o Pantanal e sobre a Amazônia. A meta do governo é restaurar cerca de 10 milhões de hectares em cinco anos.
Segundo Gazzoni, o próximo Plano Agrícola e Pecuário, a ser lançado em julho deste ano, já deve conter uma linha de financiamento para estimular a recuperação das áreas.
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Diário Catarinense, 02/03/2009)