Alguns peixes, por exemplo, são encontrados com parasitas em partes do corpo
Pesquisa feita por uma bióloga mostra a consequência aos peixes e às espécies da poluição que o Rio dos Sinos recebe, principalmente após o episódio da mortandade de peixes em 2006. Patrícia Fernandes da Costa, que faz esse estudo em mestrado na Unisinos, foi avaliar o efeito da poluição crônica e aguda causada pelo lançamento (doméstico e industrial) de efluentes na Bacia do Sinos. Alguns peixes, por exemplo, foram encontrados com parasitas em partes do corpo.
No total, foram 24 amostragens de peixes em seis pontos da bacia. Patrícia recolheu seis peixes por local em cada uma das quatro estações climáticas. A avaliação ocorreu nas nascentes (trecho superior), trecho médio e inferior do rio. No trecho superior, o estudo foi feito em Fraga e Caraá. No médio, em Parobé. E, no trecho inferior, em São Leopoldo, Sapucaia e Canoas. A bióloga compara dois trechos do Sinos, avaliando a consequência do impacto agudo que culminou na morte de toneladas de peixes há três anos. O trecho do impacto estudado corresponde ao rio nos municípios de Canoas e Sapucaia. Já o ponto não afetado se refere a São Leopoldo e Parobé.
Na parte do Sinos em Canoas e Sapucaia, a bióloga encontrou peixes parasitados, apresentando deformações no estômago, pâncreas, nadadeiras, brônquias e coração. “Isso reflete a grande poluição neste trecho”, diz.
(Jornal NH, 02/03/2009)