Os Estados Unidos apelaram hoje à Islândia para reconsiderar a sua decisão de manter para este ano as suas quotas de caça à baleia, receando pela sobrevivência das espécies daquela região, informou hoje o Departamento de Estado norte-americano em comunicado.
A 18 de Fevereiro, Reykjavik anunciou que iria manter para 2009 as suas quotas de caça à baleia nas águas islandesas, cumprindo a alteração introduzida pelo Governo anterior de multiplicar por seis, durante cinco anos, o número de animais caçados. Anualmente, a Islândia pode caçar até 300 baleias.
O Departamento de Estado norte-americano “opõe-se firmemente” a esta decisão e acredita que ela ameaça a sobrevivência das espécies em causa. Outros países, como a Alemanha, França e Reino Unido, também criticaram a posição da Islândia.
“Apelamos ao Governo islandês para anular a sua decisão e a concentrar-se mais na preservação das baleias do que nos interesses a curto prazo da indústria baleeira”, acrescentou o Departamento de Estado.
Os Estados Unidos salientaram que esta decisão poderá dificultar as discussões no seio da Comissão Baleeira Internacional (CBI), que terá a sua próxima conferência anual de 22 a 26 de Junho na ilha da Madeira.
A Islândia abandonou em 2006 o acordo sobre a moratória adoptada pela CBI em 1986 que proíbe a caça comercial à baleia. Até agora, as suas quotas eram de 49 baleias.
(AFP, Ecosfera, 27/02/2009)