Um mês após a enchente que abalou a região de Pelotas, deixando milhares de famílias desabrigadas e 14 mortos, a cidade voltou a acordar debaixo d’água. Após uma madrugada chuvosa, a sexta-feira (27/02) amanheceu com ruas alagadas, sérios transtornos no trânsito e 30 pessoas desalojadas, que foram para a Casa de Passagem da prefeitura. Nas primeiras horas da manhã, metade do transporte coletivo ficou paralisado.
A CEEE registrou queda de energia em 31 locais, e pelo menos 300 unidades consumidoras ficaram sem luz. Na rua Leopoldo Brod, um poste caiu. Na zona rural, o restabelecimento do serviço depende de conserto de transformadores e de podas emergenciais. De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, Alípio Azeredo, não houve vítimas, e os maiores danos se referem à queda de árvores. Cidades vizinhas registraram chuva moderada.
Segundo a Prefeitura de Pelotas, em alguns locais da cidade, os pluviômetros registraram 155 milímetros de chuvas em 24 horas, sendo que o esperado para todo o mês é 145 milímetros. Em janeiro e fevereiro, o acumulado chegou a 727 milímetros – índice que corresponde à média de seis meses.
Rio Grande também foi atingida por forte chuva na madrugada de ontem, das 5h às 7h, que alagou ruas do centro e de bairros. Muitas casas foram invadidas pela água. Na rua Ataídes Rodrigues, no Cassino, 30 residências ficaram inundadas.
No balneário, foram afetadas principalmente as ruas que são linhas de ônibus e áreas em que há problemas de escoamento pluvial, como nos bairros Parque Guanabara e Querência. Na tarde desta sexta-feira, os alagamentos já tinham diminuído em diversas ruas, mas algumas ainda se mantinham cheias d’água. Entre as 15h de quinta-feira e as 9h da manhã de ontem, choveu 72,6 milímetros no município.
(
Correio do Povo, 28/02/2009)