Cerca de 200 escolas permanecem fechadas no sul da Austrália e milhares de australianos estão abandonando seus lares no estado de Victoria, onde teme-se que as elevadas temperaturas e os fortes ventos intensifiquem os incêndios que, desde 7 de fevereiro, já mataram ao menos 210 pessoas. "Temos condições climatológicas muito secas, com temperaturas que podem alcançar 40 graus, além do perigo extremo do fogo", disse o chefe de serviços de emergência de Victoria, Bruce Esplin.
Esplin lembrou que os habitantes das áreas próximas aos incêndios devem decidir se ficam para proteger seus lares ou se fogem. Uma vez tomada a decisão, devem se manter firmes e não tentar escapar quando verem o fogo se aproximar, pois muitas das vítimas, há 20 dias, morreram em seus carros em uma tentativa tardia de escapar.
Esse tipo de advertência, divulgada com frequência pela imprensa local, fez efeito sobre os cidadãos que, dessa vez, decidiram abandonar suas casas. É o caso dos habitantes de Healesville, área situada 65 quilômetros a nordeste de Melbourne, que esta manhã acordou cercada pela fumaça de um incêndio próximo.
Cerca de três bombeiros lutam no momento contra dezenas de focos de incêndio que seguem ativos no estado de Victoria e que podem comportar-se de maneira inesperada devido à mudança da direção do vento esperada para hoje. Os incêndios em Victoria começaram em 7 de fevereiro de 2009, no já conhecido como "sábado negro", após duas semanas de uma onda de calor sem precedentes no sul da Austrália.
(G1, 27/02/2009)