Um grupo de organizações não-governamentais, agências de financiamento e institutos de pesquisa de mais de 50 países quer estimular medidas de adaptação às mudanças climáticas em nível comunitário para as populações mais pobres do mundo, mais vulneráveis aos impactos do aquecimento global. A iniciativa foi anunciada em um encontro em Bangladesh, que reuniu organizações como o WWF, a Action Aid e o Fundo de Desenvolvimento da Noruega.
O enfrentamento às mudanças climáticas é baseado em duas frentes principais: mitigação e adaptação. A primeira busca a redução das causas do aquecimento global e a segunda, alternativas para preparar as populações vulneráveis aos fenômenos naturais decorrentes do aquecimento, como chuvas ou secas mais intensas.
Entre as estratégias de adaptação estão a criação de alertas para ciclones, a construção de barreiras anti-enchentes e a assistência técnica para estimular culturas mais resistentes às secas, por exemplo.
O grupo de entidades internacionais se comprometeu a promover medidas de adaptação em nível comunitário, além de fomentar pesquisas para estimular novas abordagens para o tema.
Uma rede de informações online também foi criada para que especialistas de todo o mundo compartilhem informações sobre experiências de adaptação bem sucedidas que possam ser replicadas em outros locais do planeta.
Em setembro, o grupo volta a se reunir, dessa vez na Tanzânia, em um encontro preparatório para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima da Organização das Nações Unidas, que será realizada em dezembro, em Copenhague (Dinamarca), e deverá definir o documento que irá substituir o Protocolo de Quioto, atual regime global de redução de emissões de gases de efeito estufa.
(Por Luana Lourenço,
Agência Brasil, 25/02/2009)