O controle biológico e a seleção de plantas resistentes são tecnologias em estudo para conter a infestação em palmais cultivadas no Nordeste pelo inseto cochonilha-do-carmim. O estudo é liderado pela Embrapa Semi-Árido (PE), junto com Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), e a Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), que procuram tornar viáveis medidas de controle para o manejo integrado dessa praga que, por ano, causa prejuízos estimados em 150 milhões de reais.
Segundo o pesquisador Carlos Gava, o projeto consiste em reunir uma rede de pesquisadores para resolver os problemas dos ataques do cochonilha-do-carmim nas palmas forrageiras do semi-árido. A palma forrageira é uma atividade lucrativa para os produtores. Além de servir de alimentação para os rebanhos, ela permite que as famílias tenham renda extra. A forrageira é o único alimento que o animal tem no período de seca, porque a palma permanece verde durante esse período.
Gava ressalta que esses insetos causam uma reação tóxica nas plantas, que é capaz de matá-las rapidamente. Os produtores podem ter perdas de até 100% da produção da reserva, enquanto o risco potencial para o estado é calculado R$ em 2 bilhões ao ano, o que acaba afetando a produção de carne e leite para serem comercializados.
Por meio da desenvolvimento de tecnologia de controle biológico usada em microorganismos e insetos predadores nativos e exóticos, várias práticas alternativas de controle de inseto já estão sendo realizadas em áreas de ocorrência como na Paraíba, Pernambuco e Ceará.
A pesquisa teve início em 2007. No período inicial foram selecionadas algumas tecnologias que podem originar produtos importantes. Para aplicação no campo ainda é preciso mais tempo para que essa tecnologias sejam protegidas e tenham um desempenho efetivo, mas até o final do ano os produtores já devem contar com algumas delas para combater a praga.
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Agência Brasil, 25/02/2009)