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impactos mudança climática protocolo de kyoto
2009-02-26
Estudo afirma que um terço das emissões de dióxido de carbono do gigante asiático é conseqüência da produção de mercadorias para exportação e reforça a opinião de ambientalistas que defendem que países consumidores assumam parte dessa poluição.

Uma pesquisa que está para ser publicada no periódico britânico Geophysical Research Letters mostra que metade do crescimento recente das emissões chinesas e um terço do total da poluição de dióxido de carbono (CO2) do país são resultado da produção de mercadorias para exportação.

Diante dessa constatação, acadêmicos e ambientalistas desejam que os países importadores assumam ao menos parte dessas emissões, o que facilitaria a adesão da China, e de outras nações em desenvolvimento, ao novo tratado que deverá substituir o Protocolo de Kyoto no final de 2009.

“Focar no consumo em vez de na produção das emissões é a única solução inteligente e ética, uma vez que a globalização fez que boa parte das fábricas dos países desenvolvidos se estabelecerem em nações como a China”, afirmou o professor de economia da Universidade de Oxford, Dieter Helm.

De acordo com o Protocolo de Kyoto as emissões são designadas para os países que as produziram. Por essa regra, o Reino Unido, por exemplo, diz ter reduzido suas emissões em 18% desde 1990, o que seria mais que o suficiente para ficar abaixo da meta estabelecida pelo tratado.

Porém uma pesquisa publicada ainda em 2008 pelo Instituto de Meio Ambiente de Estocolmo afirmou que se fossem contadas as importações, exportações e o transporte internacional, o real valor das emissões britânicas teria crescido mais de 20%.

Cálculo difícil

Mesmo se os líderes mundiais concordassem em medir as emissões no consumo em vez de na produção é duvidoso saber como isso poderia ser calculado.

Segundo o presidente da Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Inglaterra, Jonathon Porritt , se for levar em conta importações ou o que está sendo chamado de offshored emissions (algo como emissões estrangeiras) o sistema de medida ficaria complexo demais para seu próprio funcionamento. “Definitivamente o único lugar para registrar as emissões é o país onde ela é produzida. De outra forma, as medições globais ficariam incertas demais para serem confiáveis”, diz.

Entretanto, o professor Helm acredita que qualquer desafio de medição seria ultrapassado se houvesse vontade política. “É realmente complicado, porém há maneiras de se levar o consumo em conta, como, por exemplo, taxas de fronteira na transferência de emissões de CO2”.

Para o escritor George Monbiot, autor do best-seller Heat: how to stop the planet burning, Kyoto foi muito injusto para os países em desenvolvimento. “A menos que mudemos isso em Copenhagen em dezembro, essas nações vão continuar pagando pelas próprias emissões e pelas que deveriam ser responsabilidade dos países ricos. A justiça demanda que o poluidor definitivo pague por sua parte, isto é, os endinheirados do mundo”, conclui.

(Por Fabiano Ávila, Envolverde/CarbonoBrasil, com informações do The Guardian, 25/02/2009)

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