O governo de Pernambuco não vai oferecer proteção especial aos integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que estão acampados em São Joaquim do Monte (PE), onde quatro seguranças de uma fazenda foram mortos no sábado (21/02) por integrantes do movimento.
A proteção foi reivindicada anteontem pelo MST, sob alegação de que os sem-terra correm risco de morte. O governo afirma que a obrigação do Estado é proteger quem está sob sua custódia --no caso, os dois presos por suspeita de participação no crime.
O governador Eduardo Campos (PSB) disse que o governo "não tolera a violência", seja de fazendeiros ou de trabalhadores rurais, e que "quem cometeu o crime terá que dar explicações à Justiça".
Pelo menos mais dois sem-terra estão sendo procurados, suspeitos de envolvimento no crime. Um segurança que conseguiu fugir deverá ser ouvido amanhã pelo delegado responsável, Luciano Francisco Soares.
O superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Recife, Abelardo Siqueira, pretende se reunir hoje com as lideranças estaduais do MST, em Caruaru (PE). Ele planeja visitar a área do conflito.
(Por Fábio Guibu,
Agência Folha, 25/02/2009)