Duas semanas depois dos piores incêndios da história da Austrália deixarem mais de 200 mortos, o país voltou ontem a sofrer com as chamas. O fogo chegou a 30 metros das primeiras ruas de zonas residenciais da periferia de Melbourne, capital do Estado de Victoria, onde destruiu uma casa. Os bombeiros de Victoria combatiam ontem os três principais focos. Autoridades alertaram comunidades que estão em situação de risco, por conta dos fortes ventos, do clima seco e do aumento da temperatura.
Em Warburton, 80 quilômetros ao leste de Melbourne, e em outras 15 cidades do Vale de Yarra, grande parte da população decidiu abandonar suas casas. Os habitantes de Warburton armaram um acampamento perto de um campo de esportes, enquanto esperam passar o perigo provocado pelo fogo.
Os incêndios de Kilmore e Murrindindi, 100 quilômetros ao norte de Melbourne (e que já arrasaram 26 mil hectares), continuam sendo os mais perigosos e propensos a mudanças na direção dos ventos. Também preocupa o foco no parque nacional de Wilsons Promontory, no sudeste do Estado, onde foram queimados 21 mil hectares, e o de Bunyip Ridge, a oeste de Melbourne.
O total de mortes ocorridas nos incêndios de 7 de fevereiro chegava ontem a 210. Na ocasião, algumas pequenas comunidades foram arrasadas e cerca de 1,8 mil casas acabaram sendo destruídas, deixando 7 mil habitantes de Victoria desabrigados. A polícia australiana informou que uma pessoa morreu no hospital durante o final de semana por queimaduras sofridas nos primeiros incêndios.
(ZH, 24/02/2009)