A população de Uruguaiana está descontente com a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de recolher os animais tratados, mantidos e assistidos por um grupo de ambientalistas em área da Indústria Metalúrgica Uruguaiana, no trevo de acesso à cidade. De acordo com a ambientalista Rosa Maria Castilho Pasqualoto, o próprio Ibama utiliza, eventualmente, os serviços voluntários realizados pelos funcionários e proprietários da empresa em prol dos animais.
Ainda segundo Rosa, o local hospeda duas capivaras, quatro emas (uma delas vive há 15 anos no terreno anexo), três macaquinhos, um sorro, nove papagaios e um ratão-do-banhado – todos considerados silvestres. Também são abrigados 36 cães e 20 gatos. A pequena reserva, diz a preservacionista, vem sendo visitada por adultos e, principalmente, crianças moradoras da vizinhança e estudantes de diversas escolas do município.
Um mão-pelada foi adotado há cinco anos, sendo tratado nos primeiros meses à mamadeira. 'Também fizemos tudo para salvar um veado fêmea que chegou ao espaço em razão da última cheia. Embora conduzido à veterinária e submetido a outros cuidados, o animal não suportou os ferimentos', salienta. 'Aqui, diariamente lutamos pela integridade e pelo respeito aos animais.'
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Correio do Povo, 22/02/2009)