Empresas e produtores rurais de Mato Grosso são responsáveis por cerca de 20% das 500 maiores multas a serem cobradas pela Advocacia Geral da União (AGU), em força-tarefa nacional composta por procuradores. A maior multa aplicada em Mato Grosso, mais de R$ 44 milhões, é por desmatamento, aplicada à pecuarista Rosana Sorge Xavier, considerada a maior devastadora da floresta amazônica.
A pecuarista é dona da Fazenda Campo Alegre, em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 quilômetros de Cuiabá). Ela teria devastado ilegalmente 9,4 mil hectares de floresta. A multa, de julho de 2007, ainda está sendo discutida na esfera administrativa do Ibama, assim como 90% das punições financeiras que foram aplicadas nos últimos cinco anos. Segundo a AGU, a maior parte dos infratores está se defendendo na Justiça ou espera passar o prazo de cinco anos para que as multas prescrevam.
Ao todo, no Estado, o Ibama possui R$ 2,2 bilhões em multas a cobrar. O órgão é o maior credor dos créditos a serem cobrados pela AGU, em força-tarefa deflagrada em todo o país e que envolve outros órgãos e autarquias federais. Ao todo, o Ibama deve receber R$ 11,8 bilhões nas diversas unidades da Federação. Em Mato Grosso, a maior parte das multas foi aplicada pelo Ibama diante de desmatamentos ilegais. (RD)
(Diário de Cuiabá,
Amazonia.org, 19/02/2009)