A discussão sobre a área produtiva dos arrozais, em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, é o principal motivo das obras paradas no elevado de Maracajá. Na extensão de quatro quilômetros do banhado, apenas o primeiro viaduto está em processo de conclusão. Metade da obra está com as obras paradas.
De acordo com o supervisor da área de Estudos, Projetos e Meio Ambiente do Departamento nacional de Infraestrutura de transportes (DNIT), César Augusto Flores dos Santos, a situação já é antiga. Desde 2007, quando os agricultores pediram revisão do projeto por temer prejuízos nas plantações, o DNIT estuda alternativas para a obra.
O engenheiro explicou que os elevados, com uma pista e duas faixas, só serão utilizados quando a zona de banhado estiver inundada. Os dois viadutos e o aterro, com 200 metros de extensão, ficam a 5,5 metros do chão – 20 centímetros acima da máxima já registrada de enchentes.
Segundo Santos, as pistas atuais continuarão a ser utilizadas pelos motoristas. Pesquisas do DNIT apontam que nos últimos 10 anos o trecho da rodovia ficou coberto no período das enchentes durante 25 dias, divididos em cinco vezes ao ano.
– Neste dias, a polícia poderá controlar o tráfego liberando os viadutos. O custo para levantar dois viadutos seria muito caro. Os viadutos são recursos extremos que estão sendo executados porque naquela a região o solo é muito mole para fazermos mais aterro – explicou Santos.
O superintendente do DNIT, João José dos Santos, acredita que até abril o órgão consiga uma solução para a obra do segundo elevado de Maracajá, que hoje está parado por questões ambientais e ainda depende de uma aprovação técnica.
– Queremos aproveitar o contrato existente para que a entrega da obra não atrase – observou.
(
Diário Catarinense, 18/02/2009)