(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
educação e sustentabilidade ecossistemas
2009-02-18

Com a inauguração da Estação Natureza, a Estação Ciência da USP pretende sensibilizar a população quanto à preservação do meio ambiente de forma lúdica e instrutiva

“Eu me perguntava: como eles vão conseguir colocar a natureza dentro de um contêiner?” A dúvida do físico Ernst Hamburger, por oito anos diretor da Estação Ciência da USP, fazia sentido: a proposta da nova mostra permanente do museu uspiano, a Estação Natureza, era exatamente colocar a flora e a fauna brasileiras dentro de contêineres. Na verdade cinco deles, chamados de “vagões”, numa analogia à própria estação de trens desativada no bairro paulistano da Lapa onde a Estação Ciência está instalada. E deu certo. Numa parceria da Universidade com a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, foi inaugurada no último dia 10 a Estação Natureza, ao longo de 100 metros de trilhos que cortam a plataforma de entrada da Estação Ciência e com uma área total de 240 m2. E a pergunta do professor Hamburger, teve resposta? Sim. “Eles realmente conseguiram. Ficou belíssimo. Em um espaço pequeno conseguiu-se fazer um trabalho de impacto, de alta beleza e muito instrutivo.”

Realmente, a Estação Natureza chama a atenção do visitante de várias formas. Não só pela beleza e importância da proposta, mas pelo que ela traz de inovador. Não é simplesmente chamar a atenção para a necessidade de se preservar o meio ambiente – um discurso que, se não vier acompanhado de medidas substantivas, tende a cair na retórica do “politicamente correto”. Trata-se de, antes de mais nada, sensibilizar o observador, fazê-lo refletir. “Esta é uma exposição interativa que visa a sensibilizar a todos quanto à necessidade de se preservar o meio ambiente”, afirmou, no discurso de abertura da exposição, o presidente da Fundação O Boticário, Artur Noêmio Grynbaum. “É uma oportunidade de difundir as belezas naturais do Brasil e incentivar a preservação”, afirmou ele, lembrando que esta mostra inaugurada na Estação Ciência é a terceira do gênero: antes dela, já haviam sido criadas “estações natureza” em Curitiba e em Corumbá. O secretário estadual de Meio Ambiente, Chico Graziano, presente ao evento, fez coro: “Devemos transmitir conhecimento e jogar uma semente de mudança na mente de todos, principalmente das crianças e dos jovens”, disse ele, revelando que em março o governo do Estado vai lançar um grande programa de educação ambiental chamado A Criança Ecológica.

Sons e aromas

Mas, afinal, como se dá a interatividade e a sensibilização na Estação Natureza? Pelo estímulo aos sentidos humanos. Em cada um dos cinco vagões, o visitante é instado a tocar nas peças expostas – e sentir, por exemplo, a aspereza de cascas de árvores do cerrado do terceiro carro –, a ouvir sons de pássaros, de trovão – como os que ocorrem na Amazônia, no segundo vagão – e a sentir aromas típicos da Mata Atlântica. Tudo isso com imagens, com o perdão do clichê, de realmente encher os olhos. “A ideia é estimular ao máximo as sensações do visitante numa exposição muito sofisticada e explorar a questão lúdica”, acredita a professora Roseli de Deus Lopes, diretora da Estação Ciência. “Essa exposição, além do mais, atende tanto ao rigor científico que a Universidade de São Paulo exige quanto ao interesse e à curiosidade de um público leigo”, garante ela. Segundo a diretora, a Estação Ciência tem potencial para quintuplicar seu número de visitantes por ano. Atualmente, o museu da USP recebe 200 mil pessoas anualmente, e pode chegar a até 1 milhão. “Temos capacidade para tal, mas para isso precisamos incrementar novas parcerias e aumentar nossa equipe de monitores e educadores”, afirma.

A exposição da Estação Natureza está aberta ao público desde o último dia 11. A Estação Ciência funciona de terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h. O ingresso custa R$ 2,00 e crianças menores de 6 anos, maiores de 60 anos, portadores de necessidades especiais com um acompanhante, professores e comunidade USP não pagam. No primeiro sábado e no terceiro domingo de cada mês a entrada é gratuita.

Em cada vagão, um pouco de Brasil
Veja abaixo o que você pode descobrir em cada um dos cinco vagões da Estação Natureza:

Primeiro vagão:

A visita começa com uma projeção audiovisual que introduz conceitos importantes sobre o que será visto durante o passeio. Os espectadores sentam-se em bancos colocados lateralmente no vagão e assistem à projeção que é feita no piso.

Segundo vagão:

Neste carro são apresentadas as belezas dos Ecossistemas Costeiros e da Amazônia. O visitante verá imagens de manguezais e suas localizações em mapas, além de sentir um leve aroma de floresta e ouvir sons de pássaros e ruído de trovão.

Terceiro vagão:

Neste ambiente é possível conhecer as peculiaridades de animais e plantas do Pantanal e do Cerrado, como o tuiuiú, uma das maiores aves da América do Sul. Há sons típicos do lugar, figuras de jacarés e cascas de árvores do cerrado, nas quais o visitante é instado a passar a mão para sentir a sua aspereza.


Quarto vagão:

Aqui o visitante se surpreende com a ambiente seco da Caatinga e com a voluptuosidade da Mata Atlântica – ou pelo menos do que restou dela. O ar é impregnado por uma fragrância marcante. Similar a que pode ser sentida na mata.


Quinto vagão:

Neste vagão, além de conhecer um pouco mais sobre a Floresta com Araucária e o Pampa – típicos do sul do Brasil –, o visitante recebe informações de como contribuir com a proteção da natureza. Essas dicas são ouvidas em frases narradas por pessoas de diversas regiões do país. Além disso, o espectador irá se deparar com sua imagem em espelhos. A intenção é levar a uma reflexão acerca de atitudes ambientalmente responsáveis.

(Por Marcelo Rollemberg, USP online, 17/02/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -