A Comissão de Defesa do Meio Ambiente (CDMA) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (AL-RJ) apreendeu, no domingo (15/02), 300 aves e 60 gaiolas que estavam sendo comercializadas ilegalmente na Praça São Francisco Xavier, Tijuca, zona Norte do Rio. Além dos pássaros apreendidos, três suspeitos de maus-tratos e tráfico de animais silvestres foram detidos e levados para a 17ª delegacia policial (São Cristóvão). “Essa é uma forma de coibir a comercialização de animais silvestres. Estas operações da comissão serão rotineiras e a próxima acontecerá em março”, afirma o presidente da CDMA, deputado André do PV.
A ação, que começou às 8h30, teve o apoio do Batalhão Florestal e os animais resgatados foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Seropédica, Região Metropolitana do Rio, onde receberam os primeiros cuidados médicos. Há cerca de sete dias, técnicos da comissão vistoriaram a feira e constataram que aves e outros bichos estavam sofrendo maus-tratos. Durante a operação da semana passada, foram encontrados papagaios, jabutis, iguanas, sabiás, periquitos e calopsitas, que eram vendidos por preços que variavam entre R$ 50,00 e R$ 400,00. “Este tipo de crime é uma afronta às autoridades ambientais e um desrespeito ao meio ambiente e à preservação de espécies que se encontram, até mesmo, ameaçadas”, reforçou o parlamentar.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o tráfico de animais silvestres retira, anualmente, 12 milhões de espécies das matas brasileiras. Este tipo de crime é punido pela Lei de Crimes Ambientais, podendo ocasionar ao infrator prisão de seis meses a um ano e multa que varia de R$ 500 a R$ 5 mil.
(AL-RJ, 16/02/2009)