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tratamento de esgoto
2009-02-16
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) inaugurou hoje (13) a Nova Elevatória de Esgotos do Leblon. A reforma foi feita com recursos do Programa de Recuperação Ambiental da Lagoa Rodrigo de Freitas e das praias da zona sul. A revitalização da elevatória vai melhorar o escoamento do esgoto para o emissário submarino de Ipanema, diminuindo o risco de poluição das praias.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou da inauguração, reconheceu que a elevatória estava em processo de sucateamento e levando poluição às praias da orla carioca.

"Uma auditoria ambiental realizada pela Coppe [Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia] e que ficou pronta em 2001 dizia que as oito elevatórias estavam sucateadas e com canos velhos. A elevatória puxa o esgoto dos bairros e leva para o emissário submarino. Com as elevatórias sucateadas, o esgoto caía nas lagoas, nos canais e na praia."

De acordo com a Nova Cedae, a elevatória do Leblon, inaugurada em 1953, não passava por grandes reformas desde 1958. Essa é a quinta das oito elevatórias que serão reformadas com R$ 6 milhões de reais do programa, repassados pelo Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam).

Com a obra na elevatória do Leblon, 180 mil moradores de cinco bairros da zona sul do Rio serão beneficiados. Para a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, a reforma, além de ser benéfico para os moradores, é um ganho para os turistas.

"A obra se justifica pela questão ambiental e também pela econômica, porque nós temos a praia mais valorizada do Rio de Janeiro e do Brasil. O projeto, então, beneficia a todos – turistas e moradores – que fazem dessa praia sua área de lazer."

(Agência Brasil, 13/02/2009)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/02/13/materia.2009-02-13.2647537607/view

Justiça transfere local de julgamento de acusados de assassinar líder indígena

A Justiça Federal transferiu o local do julgamento de quatro réus acusados de assassinar o cacique guarani-kaiowá Marcos Veron, liderança indígena de Mato Grosso do Sul, em janeiro de 2003. O julgamento será realizado em um tribunal da cidade de São Paulo, conforme decisão unânime do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região.

De acordo com comunicado enviado pelo Ministério Público Federal (MPF), todos os desembargadores acataram o pedido de transferência do júri feito pelo próprio órgão. Para o MPF, o julgamento não poderia ser realizado na comarca de Dourados, no sul do estado, pois ali estaria suscetível à parcialidade dos jurados e sob influência econômica e social dos produtores rurais da região.

Marcos Veron morreu a caminho do hospital, após ser vítima de espancamento e ferimentos à bala. À época com 72 anos, o líder indígena estava acampado, junto com outros índios, na Terra Indígena Takuara quando foi atacado por quatro homens supostamente contratados por produtores rurais da região para retirá-los de lá.

Segundo o MPF, é sabido que parte da população sul-mato-grossense e até de políticos e dos magistrados do estado discrimina os índios e, por isso, o julgamento dos réus seria parcial em Dourados. O preconceito contra os índios foi comprovado em nota técnica de um antropólogo e anexada pelo MPF no pedido encaminhado à Justiça Federal.

Ainda de acordo com o MPF, um dos fazendeiros de Mato Grosso do Sul estaria negociando com índios, que são testemunhas do caso, algumas mudanças em seus depoimentos à Justiça. Este produtor teria tentado, inclusive, ofecercer ao filho do cacique Veron bens materias em troca da assinatura de um depoimento já redigido.

Os réus acusados do assassinato do cacique respondem ao processo em liberdade. Eles haviam sido presos, mas foram soltos depois de receberem um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

(Por Vinicius Konchinski, Agência Brasil, 14/02/2009)

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