Obra é realizada no coração da Redenção
obras públicas
2009-02-16
Restauro é realizado pela mesma empresa que fez a Fonte Talavera
Depois da reconstituição que alterou a original Fonte Talavera, no Paço Municipal, outro chafariz está nas rodas de discussão dos porto-alegrenses. Desde setembro escondida atrás de tapumes, a fonte luminosa da Redenção passa por um restauro que só deve terminar em março.
Ao falar sobre o andamento dos trabalhos, há cautela por parte da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). A empresa responsável pela obra, Arquium Construções e Restauro, é a mesma que entregou ao Centro, em agosto do ano passado, a fonte com cores e formatos diferentes do original. A discussão em torno da Talavera redobra os cuidados na tarefa.
Base para um trabalho fidedigno ao projeto original, os arquivos da prefeitura indicam armadilhas. Segundo Walter Koch, consultor ambiental dos adotantes do parque, três cores diferentes do chafariz da Redenção já foram encontradas em fotos antigas.
Em relação à forma, principal controvérsia no caso da Talavera, a questão não deve se repetir, afirma, já que não houve depredação, apenas desgaste. Apesar do anúncio inicial da Smam de uma previsão de 60 dias, Koch afirma que desde o início se sabia que o restauro demandaria mais tempo.
Cidade deve ser presenteada antes de seu aniversário
A intenção é concluí-lo antes do aniversário de Porto Alegre, dia 26 de março. Os tapumes que isolam a fonte no parque há cinco meses chamam a atenção dos usuários, e a demora é motivo de indignação para alguns.
– O maior incômodo é desfigurar o parque. Para que esses tapumes? E por que tanto tempo? – questionava Paulo Fernando Motta, sentado em um banco de frente para as tábuas.
De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, os motores da fonte estão há três anos sem funcionar. O supervisor de Praças, Parques e Jardins da Smam, Luiz Alberto Carvalho Junior, esclarece que uma infiltração é um dos motivos do atraso. A arquiteta da Smam Ana Germani destaca o trabalho minucioso do restauro.
– É preciso seguir determinadas normas universais, não é algo simples – observa, acrescentando que tudo foi feito depois de colocados os tapumes, para evitar vandalismo.
Carvalho Junior acredita que, pela fase em que está o restauro, o novo prazo será cumprido para que se presenteie a cidade com um jogo de luzes durante o Baile da Cidade.
(Zero Hora, 16/02/2009)
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2406760.xml&template=3898.dwt&edition=11722§ion=1042