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mercado de carbono
2009-02-13

Depois de fecharem o aeroporto de Heathrow e a termoelétrica de Kingsnorth, ambos no Reino Unido, o movimento "Climate Camp" se prepara para incomodar a principal bolsa de créditos de carbono da Europa, a Bolsa Européia do Clima

O grupo ambientalista “Climate Camp”, que trabalha em defesa de ações contra as mudanças climáticas, promete fechar a Bolsa Européia do Clima (ECX) no dia 1º de abril, um dia antes da reunião do G20 em Londres, para alertar sobre a ineficácia do mercado de carbono em resolver o problema ambiental. “Tragam suas barracas, sacos de dormir, turbinas eólicas, televisões portáteis, planos de ação e idéias e vamos imaginar um outro mundo”, anuncia o site criado para mobilizar participantes.

Para o movimento, os mercados de carbono foram desenhados com a intenção de atrasar as difíceis decisões que precisam ser tomadas para encarar as mudanças climáticas. “Eles estão abrindo um caminho para as indústrias poluentes pagarem para se isentar da responsabilidade de agir com relação as mudanças climáticas”, afirma uma das integrantes do Climate Camp, Deborah Lansing.

Ela ressalta que a crença na onipotência dos mercados teve um final espetacular em 2008 e que o grupo não deseja ver esta mesma lógica falha do mercado aplicada às mudanças climáticas. “Pessoas, comunidades e governos devem lidar com o problema de reduzir as emissões diretamente ao invés de criar novos mercados esotéricos que não irão funcionar”, defende.

Segundo Deborah, os esquemas de compensações como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) estão tendo um grande impacto negativo nas comunidades do hemisfério sul. “Incineradores estão sendo construído em áreas residenciais, comunidades estão sendo expulsas para dar lugar a represas…Tudo para justificar a continuação da poluição no Hemisfério Norte”.

Soluções
Ao invés de usar o mercado, que para o grupo não irá resolver o problema climático, Deborah afirma que a solução para mitigar as mudanças climáticas terá que passar pela tentativa de largar os combustíveis fósseis. “O mercado de carbono está fazendo justamente o oposto – está permitindo mais extrações e o consumo de carvão, petróleo e gás.”

Países que se negam a assumir compromissos a menos que todo mundo se comprometa em fazer algo levaram as negociações internacionais a um beco sem saída.  “Talvez agora seja o momento para algum unilateralismo positivo e alguns países que queiram ir além do que os Estados Unidos e a China estão fazendo!”, sugere Deborah.

A ativista afirma que as discussões internacionais têm sido corrompidas pelo lobby de vários grupos corporativos como a Associação Internacional de Comércio de Emissões que buscam aumentar a extensão e a flexibilidade dos mecanismos de mercado. “Atualmente, as COPs parecem mais com um comércio de carbono justo do que um Fórum internacional de Mudanças do Clima.”

Ações em 1º de Abril
Como em outros acampamentos climáticos, o grupo planeja fazer no dia 1º de abril um trabalho de educação popular sobre este assunto e apresentar exemplos de tecnologias sustentáveis de baixas emissões de carbono. “Estamos construindo um movimento social no Reino Unido (e ao redor do mundo – o acampamento climático neste ano também será realizado na França, Dinamarca, EUA e outros países) de pessoas que querem e podem agir para resolver as mudanças climáticas”, diz Deborah.

Nas ações no Heathrow e em Kingsnorth, o Climate Camp conseguiu mobilizar um grande número de pessoas de todo país para se engajarem na luta contra o projeto de ampliar o aeroporto e manter em funcionamento a usina movida a carvão. “Nós chamamos tanto a atenção da opinião pública que estas questões se tornaram uma “batata quente” nas mãos dos políticos. Nós motivamos pessoas e comunidades a se engajar diretamente em uma ação massiva para prevenir que estes desastres ecológicos acontecessem”, conclui Deborah.

(Carbono Brasil, 12/02/2009)


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