A destilação da cana-de-açúcar para a produção da cachaça produz um resíduo que pode ser prejudicial ao meio ambiente, a vinhaça. Apesar de ameaçar o solo e água, o resíduo pode ajudar na agricultura, desde que seja utilizada a tecnologia correta no processo de fabricação. A cada litro de álcool produzido, são gerados 13 litros de vinhaça.
Esta semana o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o Instituto Estadual de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e o Serviço Nacional da Micro e Pequena Empresa (Sebrae) assinaram um termo de cooperação técnica para intensificar as ações voltadas à produção sustentável da cachaça no estado. Produtores que já fazem o uso da vinhaça nas lavouras apresentaram os resultados obtidos.
Além de amenizar os impactos ambientais a tecnologia que permite a utilização da vinhaça como adubo reduz os custos de produção, segundo o diretor-presidente do Incaper, Gilmar Dadalto. “A adubação é um item que faz a diferença no custo, então, além da preservação do meio ambiente, o produtor poderá lucrar mais”, destaca.
A medida deve ajudar também a regularizar alambiques clandestinos. De acordo com o diretor técnico do Iema, Aladim Cerqueira, são mais de 100 processos de licenciamento de alambiques no órgão e a maior dificuldade é a gestão do resíduo. Serão intensificadas também as fiscalizações e a cobrança para que seja feita a adequação necessária.
(Por Danielle Jordan,
AmbienteBrasil, 13/02/2009)