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tratamento de esgoto recuperação ambiental
2009-02-13
Desde 2002, quando bacia passou a ser monitorada, tratamento nas estações cresceu muito. Falta um ano para Meta 2010, de nadar, pescar e navegar, ser cumprida

O sonho de nadar, pescar e navegar pelas águas do Rio das Velhas ainda está distante para os moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas a intensificação de ações conjuntas de órgãos públicos e da sociedade civil organizada pode possibilitar o cumprimento das metas até o fim de 2010.

Entre as medidas prioritárias para a despoluição da bacia do Velhas, está a inauguração do processo de tratamento secundário da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Ribeirão do Onça, prevista para março de 2010; a ampliação da estação Arrudas e a instalação das ETEs de Santa Luzia e Pedro Leopoldo. Segundo relatos de moradores, um espécime de dourado teria sido pescado no Velhas, no trecho situado no Bairro General Carneiro, em Sabará.

Desde o começo do monitoramento da bacia, em 2002, a evolução do tratamento de esgoto na Grande BH passou de 5 milhões de metros cúbicos por ano para quantidade 17 vezes maior no ano passado. A previsão para 2010 é de que cerca de 84% do esgoto coletado seja tratado, sendo que, atualmente, apenas 56% passa pelo processo. Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, é preciso articulação com vários setores para garantir êxito ao esforço.

"Os recursos necessários estão assegurados. Agora, vamos convocar o setor empresarial, mobilizar as prefeituras e as populações ribeirinhas, por meio de campanhas de mídia. Devemos tratar o rio como uma coisa afetiva. A meta não pode ser somente da Copasa. É preciso envolvimento de outros órgãos e da comunidade”, afirma.

Com a inauguração da segunda etapa da ETE Onça, será possível aumentar a capacidade de remoção de carga orgânica dos atuais 70% para até 95% das impurezas. Ao todo, devem ser investidos R$ 64 milhões na instalação de filtros biológicos e decantadores, permitindo um tratamento mais eficaz. Segundo o superintendente da Copasa, Ronaldo Matias, metade do esgoto do Ribeirão do Onça passa por tratamento.

“A estação recebe dejetos de BH e Contagem. Com a nova estrutura, será feito tratamento primário e secundário de 1,8 mil litros por segundo”, afirma. Além disso, é previsto para meados do ano que vem o término das obras de ampliação da ETE Arrudas. Ao todo, estão previstos investimentos de R$ 150 milhões para levar o tratamento do ribeirão para 1,5 milhão de pessoas.

Por receber águas dos ribeirões Arrudas, Onça e da Mata, o trecho do Rio das Velhas localizado em Santa Luzia é tido como o “epicentro da degradação” e a falta de apoio do governo municipal, de entidades privadas e da comunidade, são postos como entrave na batalha contra a poluição.

Na tentativa de amenizar o problema, está prevista para entrar em operação no ano que vem uma estação de tratamento para cuidar do esgoto do centro da cidade. A obra orçada em R$ 42 milhões deve começar em seguida a desapropriação dos imóveis próximos ao local escolhido. A licitação já foi concluída e a concessionária também.

Qualidade
Todos os projetos integram planejamento para alcançar as metas do Projeto Estruturador de Revitalização do Rio das Velhas – Meta 2010, do governo do estado, que prevê a melhoria na qualificação do nível da água, passando do nível três para o dois. A mudança de classe permite usar a água para o abastecimento doméstico, irrigação de plantas, criação de peixes e uso da bacia para recreação, como natação e mergulho.

O fator considerado preponderante na comprovação da melhoria das águas do Rio das Velhas é a identificação de peixes em trechos antes bastante degradados. Em 2000, exemplares de matrinxã só eram pescados no município de Lassance, no Norte de Minas, até o encontro da bacia com o Rio São Francisco. Passados sete anos e iniciado o tratamento do esgoto na Grande BH, o peixe já foi visto em Lagoa Santa, mais de 370 quilômetros do antigo ponto.

Apesar do aparecimento dos peixes, o coordenador do projeto Manuelzão/UFMG, Apolo Heringer, afirma que a capacidade de adaptação dos bichos é diferente em relação à dos humanos. “O peixe volta, mas as crianças não podem nadar sem condições adequadas.”

Para garantir o monitoramento da água e seus indicadores, no ano que vem, deve ser feita análise da qualidade da bacia e, só assim, verificar se é possível nadar, pescar e navegar em todos os pontos ou somente em alguns. “Todas as metas intermediárias foram cumpridas. Mas, antes de liberar o rio, precisamos categorizar cada ponto isolado e, depois do cumprimento das metas, o esforço não pode parar. Temos que buscar cada vez mais melhorar a qualidade da água”, afirma o secretário José Carlos Carvalho.

(Por Pedro Rocha Franco, Estado de Minas, 13/02/2009)

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