A Eletronuclear iniciou o remanejamento dos resíduos nucleares gerados pelas Usinas Angra 1 e 2 para os novos depósitos iniciais (2B e 3), cujas licenças de operação foram concedidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O assistente da Presidência da empresa, Leonam dos Santos, informou hoje (12) à Agência Brasil que será feita a realocação dos embalados de rejeitos dos depósitos anteriores (1 e 2A), que estavam muito cheios, para que haja mais espaço. “É uma ampliação de capacidade”, esclareceu. As Usinas Angra 1 e 2 fazem parte da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense.
Leonam dos Santos explicou que os depósitos do Centro de Gerenciamento de Rejeitos (GCR) vão atender às necessidades de armazenamento dos rejeitos nucleares até 2020. “Com esses dois novos depósitos, teremos garantida a armazenagem segura dos embalados de rejeitos de baixa e média atividades gerados pelas usinas até 2020”.
A meta estabelecida, em setembro passado, pelo Conselho de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro é que o depósito definitivo de lixo radioativo esteja implementado até 2018. Esse repositório nacional abrigará não só os rejeitos nucleares gerados pelas usinas, mas também pelas áreas médicas e industriais. O local, contudo, ainda não foi definido pela Cnen.
Se, entretanto, por alguma razão de natureza política ou técnica, o depósito da Cnen não ficar pronto até a data fixada, Leonam dos Santos assegurou que a Eletronuclear construirá outro depósito inicial. Ressaltou, porém, que “não é política nossa fazer isso. Nós estamos considerando a entrada em operação do repositório nacional em 2018”.
(Por Alana Gandra,
Agência Brasil, 12/02/2009)