Embora a Prefeitura tenha um programa de coleta seletiva e reciclagem que conta com 15 cooperativas conveniadas, será difícil absorver tudo o que está sendo deixado pelos catadores. "Nós ainda não sentimos um grande aumento na quantidade de lixo recolhida, afinal são 9,5 mil toneladas por dia. Mas vamos reciclar uma parte quando verificarmos que cresceu a demanda", diz o coordenador de Coleta Seletiva de São Paulo, Wagner Taveira da Silva. Ele diz que 20% de todos os resíduos recolhidos são materiais que podem ser reciclados. Desse montante, no entanto, apenas 7% são efetivamente reaproveitados. "Já apresentamos melhora, pois o índice era de 4,9% e queremos aumentar em um ritmo rápido."
Por contar com a apoio da Prefeitura, que fornece caminhão, galpão, água e energia elétrica, ele afirma que as conveniadas não estão enfrentando as mesmas dificuldades tampouco perdendo participantes, pois trata-se de projetos sociais que incluem educação e outros benefícios.
As cooperativas consultadas pela reportagem confirmam que não estão registrando baixas, mas reconhecem que os baixos preços pagos pelos materiais estão dificultando as atividades e desmotivando participantes. Somente uma delas afirmou ter perdido 20% dos cooperados, mas pediu para não ser identificada para não prejudicar o convênio com a Prefeitura.
(Por Renato Machado,
Estado de S. Paulo, 13/02/2009)