A morte da missionária americana Dorothy Stang completou ontem quatro anos. Em protesto contra a demora no andamento dos processos, cerca de 30 representantes do Comitê Dorothy Stang reuniram-se em uma audiência com o presidente do Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), o desembargador Rômulo Nunes.
O grupo reivindicou agilidade na decisão final dos julgamentos contra os envolvidos no assassinato da missionária, Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como “Taradão”, e Vitalmiro Bastos de Moura, o “Bida”.
De acordo com o TJ-PA, o desembargador Rômulo Nunes argumentou dizendo que o Judiciário não pode evitar os pedidos de recursos dos réus previstos pelo sistema jurídico.
Nunes disse ainda que acredita na solução desse caso ainda neste primeiro semestre do ano, porque o Tribunal está aguardando apenas os documentos oficiais do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitando o último recurso dda defesa de Galvão para marcar o júri popular.
Os representantes pediram também a anulação do julgamento que absolveu Bida, acusado de ser o mandante do crime.
Além desse encontro, o grupo organizou homenagens à Dorothy Stang durante todo o dia no município de Anapú (PA), município onde ocorreu o assassinato. Entre as atividades estavam a celebração de uma missa e a visita ao túmulo onde a missionária foi enterrada.
No Brasil desde 1966, a missionária emericana trabalhava com lideranças rurais, políticas e religiosas em busca de soluções para os conflitos relacionados à posse e exploração de terras na Região Amazônica.
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Agência Brasil, 12/02/2009)