Os deputados da Oposição apresentaram nesta quarta-feira (11/02) um pedido de informações sobre as transações, a partir de 2006, de compra e venda de energia pela Companhia Paranaense de Energia (Copel).
“Fomos informados que ocorreram algumas negociações cujos valores não foram divulgados e agora buscamos detalhes para saber se essas operações foram boas ou más para a empresa e seus sócios”, apontou o líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM).
O parlamentar alertou para o fato de a Copel ter participado de uma concorrência promovida pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) em 2008, para entrega de energia a partir de 2013.
De acordo com as informações recebidas pelo deputado, a Cemig queria comprar energia e abriu uma licitação. A Copel vendeu pelo preço que a empresa mineira se propôs a pagar. A questão, segundo a denúncia, é que se havia a projeção de um excedente de energia no Paraná, por que a Copel não abriu uma licitação para alcançar um preço mais alto pela energia a ser vendida. Outra preocupação levantada é o comprometimento para o início do fornecimento de energia em tão longo prazo.
No requerimento, Rusch requisita ainda as projeções para a geração de energia pela Copel e da demanda em sua rede de distribuição até o ano de 2017, além de um comparativo, a partir de 2006, entre o custo da energia gerada, preços de venda para terceiros e preços de venda para os clientes de sua rede de distribuição.
O líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli pediu para discutir o requerimento, adiando, desta forma, a votação para a próxima sessão plenária, no dia 16.
(Por Sonia Maschke e Jaime Santorsula Martins, AL-PR, 11/02/2009)