No ano passado, 13,3 milhões de agricultores, em 25 países, plantaram 125 milhões de hectares de organismos geneticamente modificados (OGM), o que significa um aumento de 9,4 por cento em relação a 2007, informou hoje um relatório da Isaaa (International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications), organismo pró-OGM.
No ano passado, a superfície cultivada com OGM aumentou em 10,7 milhões de hectares e 1,3 milhões de novos agricultores converteram-se aos transgénicos.
Os Estados Unidos seguem à frente com 62,5 milhões de hectares cultivados, seguidos da Argentina (21 milhões), Brasil (15,8 milhões), Índia e Canadá (ambos com 7,6 milhões cada um) e a China (3,8 milhões). Três novos países começaram a plantar OGM em 2008: o Egipto (com milho), o Burkina Faso (algodão) e a Bolívia (soja).
Dos 25 países com estes cultivos, 15 são países em vias de desenvolvimento, nota o relatório da Isaaa.
“Ainda que a França não tenha autorizado as culturas de plantas biotecnológicas em 2008, outros sete países da União Europeia aumentaram as suas superfícies em 21 por cento para totalizar uma superfície global de cem mil hectares”, acrescenta a Isaaa. Esses países são Portugal, Espanha, República Checa, Roménia, Alemanha, Polónia e Eslováquia.
O organismo prevê que 1,6 mil milhões de hectares sejam cultivados até 2015 e que 200 milhões de hectares de OGM sejam plantados por ano em 40 países.
O relatório foi financiado por uma unidade filantrópica do banco espanhol Ibercaja e pela fundação italiana Bussolera-Branca, que promove a comunicação sobre os OGM.
(Ecosfera, 11/02/2009)