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febre amarela
2009-02-11
A 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) encaminhou ontem para São Sepé mil doses da vacina contra a febre amarela, para reforçar a vacinação contra a doença na cidade. Apesar de ela ainda não estar incluída na zona de risco, o número de bugios mortos nos últimos dias fez com que o Estado investisse na prevenção. Pelo menos 13 animais teriam sido encontrados mortos – em cerca de 10 deles teria sido possível coletar amostras para exame.

Santa Maria também aguarda o resultado do exame em um animal, mas já vacinou mais de 180 mil pessoas desde que foi incluída na área de risco para a doença, no começo de janeiro. Já em São Sepé, a vacinação só está sendo intensificada agora.

– Devido ao número de animais mortos, é como se a cidade já estivesse em área de risco. É preciso vacinar a população – afirma a delegada da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, Claudete Lopes, referindo-se a São Sepé.

Ontem, as filas eram grandes no posto de saúde do Centro, onde as doses são fornecidas das 7h às 17h. A Secretaria de Saúde pretende ampliar a vacinação para os outros 11 postos de saúde caso a cidade seja incluída na área de risco. O secretário de Saúde, Marcelo Ellwanger, garante que não há motivo para pânico. Ele explica que a cidade só está sendo incluída na vacinação como medida de prevenção, já que ainda não há resultados para os exames feitos nos animais – o que pode levar, pelo menos, mais 15 dias. Ele pede também que ninguém mate bugios, porque esses animais não transmitem a febre amarela. A doença só é transmitida por mosquito.

– O bugio sempre morreu, por diferentes motivos. Não é preciso histeria coletiva – diz o secretário.

Campanha – A Secretaria Estadual de Saúde também está promovendo uma campanha para orientar todas as pessoas que chegam às cidades que estão na zona de risco da doença no Rio Grande do Sul. Quem passar por uma das 134 cidades incluídas na lista verá um outdoor orientando sobre a necessidade de vacinação. Em Santa Maria, as placas da campanha foram instalados em diferentes locais, como as Avenidas Presidente Vargas, Evandro Behr e Liberdade.

– É preciso que todos fiquem atentos Ao período de 10 dias que a vacina demora para fazer efeito. Não adianta tomar a dose num dia e ir para uma região de mata antes do corpo produzir os anticorpos – afirma Claudete.

De outubro de 2008 até o dia 4 de fevereiro, foram notificadas mortes de 974 bugios em 87 cidades. Em 25 desses animais, os exames atestaram a presença do vírus. Cinco casos de febre amarela em humanos foram confirmados no Estado. Apenas uma paciente, de Bossoroca, sobreviveu.

(O Pioneiro, 11/02/2009)

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