(Por Daniel Bordignon*
Pela oitava vez, pessoas de todos os continentes se reuniram com o desafio de discutir alternativas para tornar a vida em sociedade mais justa e igualitária, aliando desenvolvimento ao respeito com o meios ambiente. Estes foram os eixos do Fórum Social Mundial, que teve como palco, a capital do Pará, Belém. Entre a agenda de debates, a crise mundial, mudanças climáticas, recursos hídricos, Agenda 21, entre outros temas, semelhantes aos defendidos na Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente, a qual sou coordenador. Para tanto, nosso gabinete parlamentar esteve representado no evento.
No espaço do FSM reuniram-se delegados de movimentos sociais, povos indígenas, sindicatos, organizações, ONGs e grupos religiosos de mais de 150 países. O número de atividades ultrapassou os 2.600, entre assembléias, seminários, oficinas, cerimônias e atividades culturais.
Nos temas referentes a questão ambiental, merecem destaque as ações estratégicas apresentadas pelo Ministério do Meio Ambiente, referentes a mudanças climáticas, recursos hídricos, Mata Atlântica e Agenda 21.
O lançamento do Plano Nacional sobre Mudança do Clima e a ampliação do combate ao desmatamento, o Brasil tornou-se um dos protagonistas na luta contra o aquecimento global. Além disso, também é referência na gestão da água, com o Plano Nacional de Recursos Hídricos, que deverá nortear o uso da água no País até 2020. São iniciativas de vanguarda na América Latina.
A regulamentação da Lei da Mata Atlântica, que era esperada há 14 anos, é uma conquista histórica que também contribui para este conjunto de iniciativas. E mais. A Agenda 21 tem sido fortalecida, servindo como instrumento de planejamento participativo adotado pelo ministério, para o desenvolvimento do País, garantindo que os planos e processos socioambientais tenham o controle social.
O FSM se legitima por ser um espaço onde movimentos mundialmente organizados e também aquelas pessoas que, aparentemente, não estão inseridas em nenhum contexto organizacional podem manifestar seus anseios. E, também, refletir sobre o modelo político em que vivemos, onde a necessidade de organização das comunidades comprometidas com a transformação é cada vez maior.
Dessa forma, avalio como positiva a realização de mais esta edição do evento, que serviu para estimular, de forma descentralizada o debate, a reflexão, a formulação de propostas, a troca de experiências e a articulação entre organizações e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mais solidário, democrático e justo.
*Deputado Estadual - Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente
(Agência de Notícias AL-RS, 10/02/2009)