(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
pontal do estaleiro
2009-02-10
Proposta condiciona construção residencial na área à aprovação da população

Numa sessão confusa e marcada pelo desinteresse do público, vereadores mantiveram ontem o veto do prefeito José Fogaça ao projeto Pontal do Estaleiro – polêmico investimento que prevê revitalização completa de uma área nobre, mas abandonada, da Capital – e decidiram que um novo projeto será votado em regime de urgência.

Oplano alternativo, proposto pelo Executivo, é quase igual ao rejeitado por Fogaça. A novidade é que condiciona o investimento à consulta popular. A votação deve ocorrer em até 15 dias.

A proposta do Executivo mantém a possibilidade da construção de prédios (comerciais e residenciais) e inova ao estabelecer uma consulta à população. Oficialmente, o texto fala em referendo, mas há um acerto prévio para substitui-la por votação da população.

Primeiro tema a ser votado, após três horas e 26 minutos de debates, a aprovação do veto contou com ampla adesão: 27 votos favoráveis, três contrários e quatro abstenções. Na prática, o veto agradava partidos como PT e PSOL, contrários ao projeto, além de contar com o apoio dos situacionistas.

O clima esquentou quando o segundo assunto entrou em debate. Os vereadores detiveram-se na discussão sobre a velocidade com que o novo projeto tramitaria na Câmara. Pelos trâmites normais, demoraria ao menos seis meses para chegar ao plenário. Passaria por comissões, seria submetida a debates, mobilizaria prós e contras – tudo o que governistas tentavam evitar.

– Queremos manter o veto do prefeito e que a população seja ouvida por uma consulta popular– defendia Valter Nagelstein (PMDB), líder do governo.

A única forma de o processo ser menos demorado seria aprovar um projeto de urgência, o que permitiria a votação dentro de duas semanas.

– Não vejo motivo para tanta pressa – ponderava Maria Celeste (PT), que duelou com Nagelstein.

No fim da tarde, com ampla maioria, a proposta que acelera o debate tornou-se vencedora. O que ninguém soube informar é a forma como ocorreria uma eventual consulta na hipótese da proposta ser aprovada. Procurada por ZH, a BM Par Empreendimentos, que pretende revitalizar a área, não quis se manifestar sobre o novo projeto.

Tire suas dúvidas
O QUE É O PONTAL DO ESTALEIRO?
É um projeto que prevê a revitalização completa da área do Estaleiro, às margens do Guaíba. Polêmico, polarizou as discussões na Câmara no ano passado. Para os críticos, representa a privatização da orla e uma afronta ao ambiente. Já os partidários do projeto dizem que representa uma possibilidade imperdível de recuperar uma região degradada.
O QUE FOI VOTADO ONTEM?
Os vereadores mantiveram o veto do prefeito José Fogaça ao projeto que permitia a construção de prédios residenciais na área. Também aprovaram o regime de urgência na apreciação de outra proposta muito semelhante, enviada pelo próprio Executivo.
O QUE É O REGIME DE URGÊNCIA?
Significa que todos os prazos regimentais serão antecipados. Pelos trâmites normais, uma proposta leva cerca de seis meses de discussão nas respectivas comissões até chegar ao plenário e ser votada ou rejeitada. No caso específico, aprovado o regimento de urgência, ocorrerá apenas uma reunião para debater o projeto, na qual um parecer será votado. Depois, o assunto será levado para debate no plenário. A estimativa é de que seja aprovado entre 10 a 15 dias.
O QUE PREVÊ O PROJETO APRESENTADO PELO EXECUTIVO?
Em síntese, é semelhante ao anteriormente votado pelos vereadores e vetado pelo prefeito. A principal novidade é a previsão de um referendo – que, na verdade, não deverá ocorrer. Há um acerto prévio entre a base governista pela substituição do referendo por uma consulta popular.
POR QUE NÃO DEVERÁ OCORRER O REFERENDO?
Acompanhado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o referendo é o método mais preciso, seguro e isento de aferir a vontade popular – mas também o mais oneroso. Estima-se que sua realização custe aos cofres públicos algo em torno de R$ 2 milhões. O alto custo desestimula o Executivo.
COMO SERÁ FEITA A CONSULTA POPULAR?
Não há definição. É provável que uma negociação entre Executivo e Legislativo, nos próximos dias, defina como ocorrerá a consulta. Ontem, em meio às discussões, vereadores ligados ao governo informavam que a consulta poderia ser feita por meio do Orçamento Participativo, Centros Administrativos Regionais (CARs) ou em audiências públicas.
QUAL O PRAZO PARA A REALIZAÇÃO DA CONSULTA?
Conforme o vereador Valter Nagelstein (PMDB), líder do governo na Câmara dos Vereadores, o prazo máximo para a realização da consulta será de 90 dias após a aprovação do projeto.

(Zero Hora, JC, CP, 10/02/2009)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -