Em dois anos o local deve estar totalmente despoluído, de acordo com o presidente da Fundação Bio Rio, Márcio Fortes. Ele participou da solenidade que marcou o início das obras nesta segunda-feira (09). Participaram também o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o subsecretário do Ambiente, Antônio da Hora, o diretor da Área de Serviço da Petrobras, Renato Duque, o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, e o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino Martins.
Cerca de dois milhões de metros cúbicos de material devem ser retirados para a recuperação do canal. A dragagem deve reduzir também as enchentes causadas pela elevação do Rio Faria Timbó. É um projeto trabalhoso, de acordo com Márcio Fortes, mas de grande importância. Ele lembra que a degradação neste local foi um dos motivos da desclassificação do Rio de Janeiro na disputa para sede dos Jogos Olímpicos. Quem chega à cidade pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, passa obrigatoriamente pelo local. Agora, a recuperação do Fundão é pré-requisito para que a cidade possa disputar a sede das Olimpíadas de 2016.
Análises constataram a presença de metais pesados como chumbo e mercúrio. Para a limpeza dessa camada contaminada será feito um processo de separação da areia. O material retirado será "ensacado" em cápsulas de geotextil. Depois de limpa a água retornará para a Baía de Guanabara.
"O trabalho de monitoramento já está instituído", explica Fortes, "para que a poluição não volte a ser um problema no Canal do Fundão".
A Secretaria do Ambiente do Rio divulga que ainda fará novas intervenções na região com a construção de três píers para os pescadores, horto e sede para cooperativas de catadores, com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).
(Por Danielle Jordan,
AmbienteBrasil, 10/02/2009)