Um projeto que começou com um pequeno clube de agricultores que resolveram adotar e defender o uso do plantio direto, que diminui a erosão e tira melhores rendimentos da terra com o uso da própria palha da lavoura como adubo, exigindo menos fertilizantes e menos defensivos agrícolas - o Clube do Plantio Direto - transformou-se na Cooperativa dos Agricultores do Plantio Direto, hoje com mais de 20 mil associados, 14.500 deles efetivos, os quais lavram 640 mil hectares de terras, das quais tiram arroz (39%), soja (35%), milho (15%), trigo (7%) e outras culturas (4%).
A empresa começou há apenas 18 anos, já faturou, em 2008, R$ 297 milhões e se prepara para faturar R$ 359 milhões, em 2009, e R$ 500 milhões, em 2010, sem se assustar com qualquer tipo de crise. "Quem pensa em produção e trabalha para produzir está preparado para qualquer crise", diz Eurico Dornelles, fundador da Cooplantio.
Com proposta firme de crescimento, a Cooplantio já estuda iniciar, este ano, a revenda de máquinas agrícolas, a preparação de alimentos, o desenvolvimento de bioenergia e a comercialização de produtos veterinários, segundo Daltro Benvenuti, seu presidente.O grupo comemora, além do sucesso do projeto, a vitória da ideia, pois se acredita que, hoje, 60% das lavouras brasileiras usem o método do plantio direto e até as grandes indústrias internacionais de máquinas foram conquistadas, pois passaram a desenvolver equipamentos especiais para este tipo de plantio, muito mais rentável e sustentável que o antigo sistema.
(Danilo Ucha
, Jornal do Comércio, 09/02/2009)