A cada ano, a Paraíba perde 96 ‘matas do Buraquinho’ (49.564 hectares), seja pela morte de árvores ou pelo corte. A preocupação com o meio ambiente, com a saúde e com a qualidade de vida das futuras gerações têm motivado discussões sobre o desmatamento, o aquecimento global e o processo de desertificação que está provocando o empobrecimento ecológico, econômico e social, sobretudo nos municípios do Semi-Árido da Paraíba.
A situação é preocupante e requer providências dos gestores, já que, de acordo com o coordenador de Fiscalização de Floresta e Degradação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama/PB), Edberto Farias de Novaes, apenas 15% do total de madeira consumida em todo o Estado passam pelo controle dos órgãos governamentais. Isso, levando em conta a falta de estrutura dos órgãos fiscalizadores e o volume de autuações por crimes ambientais.
Dados de um estudo realizado entre 1992 e 2002 pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) - que foram repassados pelo Ibama/PB - estimam que, em todo o Estado, o consumo anual de lenha como fonte de energia térmica é de quase 4 milhões de estéreos (medida de volume para lenha equivalente a um metro cúbico).
Os principais “vilões” do desmatamento são a expansão desordenada das áreas urbanas e o setor industrial.
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Portal Correio, 09/02/2009)