Falta de segurança, danos causados por eventos (sem contrapartida) e falta de funcionários. Estes são os principais problemas do parque da Redenção, constatados na reunião da Associação dos Usuários da Redenção com a atual gestora Sônia Medeiros Roland, na quinta-feira 5.
A utilização do parque para eventos culturais só pode ser feita mediante contrato que estabelece uma contrapartida para auxiliar na sustentabilidade do local e a responsabilização pelos possíveis danos causados. Há, porém, dois problemas. O primeiro: quando há pagamento, o dinheiro acaba indo para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que geralmente dá outra destinação à verba. Segundo: os produtores dos eventos geralmente se recusam a pagar pelos estragos.
“É muito difícil conseguir fazer com que paguem depois que a vistoria é realizada”, revela Sônia Roland.
A solução proposta pela Associação dos Usuários do Parque é a criação de um Fundo para a Redenção, para que todo o dinheiro que entre em função da realização de eventos seja investido no próprio parque. Também foi sugerido o estabelecimento de algum tipo de caução para a recuperação dos gramados e do que mais possa ser danificado, como bancos e monumentos, durante as programações não usuais.
“Os grandes eventos são os que mais maltratam o parque. Precisamos dar prioridade a eventos típicos e pensar melhor nos atípicos”, diz Roberto Jakubaszko, representante da associação.
Cogita-se, ainda, a possibilidade de destinar parte das arrecadações para a construção do Museu da Redenção.
Os problemas recentes e recorrentes como o roubo do Orquidário e atos de vandalismo no Minizôo passam pela ampliação do policiamento do parque e pela sua ocupação em horários alternativos. “O dia que o parque precisa de menos segurança, porque o próprio volume de pessoas circulando por ele a garante, é o dia que temos mais policiamento”, diz o ex-administrador da Redenção Clóvis Breda.
Representantes da Guarda Municipal participaram da reunião e se colocaram à disposição para ajudar a fazer um plano de policiamento para o local, levando em consideração o movimento dos turnos e dias no parque. Atualmente, existem duas duplas de guardas municipais a pé, uma viatura e seis guardas-parque se responsabilizando pela segurança, mas somente das 7h às 19h.
A Associação de Usuários propôs uma banca ao lado do Expedicionário, nos finais de semana, onde possam ser encontrados: um brigadiano, um guarda municipal, um guarda-parque, um funcionário da SMIC e um funcionário da SMAM. Assim, quando os problemas forem encontrados, como a presença de bancas clandestinas ou a venda de animais proibidos, a questão poderá ser rapidamente resolvida ali mesmo.
A questão do número de funcionários do parque responsáveis pela sua limpeza e conservação se complica com o passar dos anos. Atualmente são 22 funcionários. A Redenção já chegou a contar com 72. Há duas gestões atrás, ou seja, oito anos, eram mais de quarenta funcionários.
Além disso, a entrega das obras na fonte do parque continua indefinida e o projeto para a drenagem do parque continua sendo apenas um projeto no DEP. Com 15 minutos de chuva, o parque já fica empoçado e demora um dia para secar. Os cidadãos que querem aproveitar o local ficam prejudicados e os canteiros acabam estragados por conta dos desvios que as pessoas têm que fazer. “Acredito que o projeto está parado porque estão esperando para fazer as obras junto com a reforma do Araújo Viana”, diz Sônia. A previsão é que as reparações no auditório iniciem dia 15.
(Por Daiane Menezes
, Jornal JÁ, 09/02/2009)