O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta sexta-feira (06/02) que a agenda brasileira para a Amazônia não pode ser aquela de “preservação absoluta”, sem exploração econômica. Segundo ele, esse tipo de modelo é uma agenda que transforma a Amazônia num simples “jardim para deleite estrangeiro”.
Jobim explicou, no entanto, que a agenda tampouco pode ser aquela que prevê o desmatamento puro e simples e a exploração de grandes áreas com a pecuária.
“O erro é tomar as posições daqueles que pensam que a solução é o desmatamento ou daqueles que pensam que a solução é a preservação absoluta, sem atividades econômicas na Amazônia. Essa agenda não é nossa. A agenda brasileira tem que ser uma agenda de desenvolvimento sustentável da Amazônia”, afirmou.
Segundo o ministro da Defesa, o desenvolvimento sustentável da Amazônia tem que prever atividades econômicas para a região, onde vivem 20 milhões de pessoas. “Se não dermos solução econômica para essas pessoas, elas vão encontrar formas mais fáceis e menos onerosas de se desenvolver. E qual é a forma mais fácil? Vender madeira”, disse.
As afirmações de Jobim foram feitas hoje, no Rio de Janeiro, depois que um jornalista perguntou se o ministro estava do lado dos ruralistas, que defendem a exploração agropecuária da Amazônia, ou dos ambientalistas, que pregam a preservação da floresta.
(Por Vitor Abdala, Agência Brasil, 06/02/2009)