(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
geração de energia emissões de co2
2009-02-07

A intenção do governo de diminuir a participação das hidrelétricas na matriz energética brasileira e aumentar a quantidade de energia gerada por termelétricas, prevista no Plano Decenal 2008/2017, apresentado na quinta-feira (05/02), não agradou a organização não-governamental Greenpeace, defensora do meio ambiente.

Para o  coordenador de campanhas da entidade, Sérgio Leitão, isso mostra o desinteresse do governo com a geração de energias limpas. “O Brasil está indo na contramão do esforço que está sendo feito para diminuir a emissão de CO2, de apoiar a implementação de energias limpas e renováveis”, afirmou.

O Plano Decenal prevê que a participação das hidrelétricas na matriz energética brasileira vai cair dos atuais 85,9% para 75,9%. Por outro lado, o uso de termelétricas movidas a óleo combustível deve passar de 0,9% para 5,7% e a energia gerada por térmicas a carvão vai passar de 1,4% para 2,1%.

Durante a apresentação do Plano, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, justificou que as termelétricas são fundamentais para a segurança energética do país. “O ideal seria mantermos os mesmos percentuais de energia gerada a partir das hidrelétricas, mas todos sabem o quanto é difícil aproveitar melhor o potencial hidrelétrico do país”, disse.

O diretor do Greenpeace afirmou que há uma contradição entre o Plano Decenal e a posição do governo brasileiro ao apresentar, durante a Conferência das Partes sobre o Clima, na Polônia, um plano nacional de mudanças climáticas, no qual apostava na redução dos gases de efeito estufa.

“O governo tem vários representantes e não sabemos exatamente qual é a sua posição. Na prática, o que a gente vê é o Brasil sujando sua matriz energética, abraçando de novo energias sujas, antigas, e que são contrárias a qualquer esforço de uma redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirmou.

Para Leitão,  as energias renováveis são viáveis do ponto de vista ambiental, econômico e social. “O que precisa é que o governo tenha um compromisso sério com a energia de matriz limpa”, diz. Para ele, faltam políticas industriais do governo brasileiro para incentivar energias renováveis. 

Leitão defende a expansão da matriz hídrica no país, por ser considerada limpa e barata. No entanto, ele alerta para a necessidade de um planejamento e da consulta às populações atingidas pela construção de novas hidrelétricas.

“Se esse setor for planejado a partir do interesse das empreiteiras, como foi na década de 70, nós vamos continuar assistindo a desastres ambientais como foi a Usina de Tucuruí (Pará) e Samuel (Rondônia)”, lembrou.

De acordo com o Plano Decenal, a previsão do governo é que a geração de energia nas termelétricas aumente de 1,9 mil megawatts para 10,4 mil megawatts até 2017. No caso das térmicas a carvão, a geração deve passar de 1,4 mil megawatts para 3,1 mil megawatts.

Em contrapartida, a geração de energia nas hidrelétricas deve passar de 84,3 mil megawatts em 2008 para 117,5 mil megawatts em 2017, e a geração de energia por meio de usinas movidas a biomassa e usinas eólicas deve passar de 1,2 mil megawatts para 6,2 mil megawatts.

(Por Sabrina Craide, Agência Brasil, 06/02/2009) 


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -