O fenômeno climático La Niña continuará ocorrendo durante a primavera (do Hemisfério Norte) de 2009, mas deve perder força aos poucos ao longo do período, informou o Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos.
Em sua atualização mensal, divulgada nesta quinta-feira, o CPC disse que "a maioria das previsões do modelo indica um enfraquecimento gradual do La Niña entre fevereiro e abril de 2009, com uma eventual transição para condições neutras".
O CPC é um órgão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês). O organismo disse que La Niña vai durar até a primavera deste ano.
La Niña quer dizer "menina" em espanhol. Tem como resultado águas mais frias que o normal no Oceano Pacífico. O fenômeno mais conhecido El Niño tem o efeito oposto.
Cientistas acreditam que La Niña estimule a formação de furacões na região do Atlântico.
O CPC disse que um possível impacto de La Niña durante os meses de fevereiro a abril de 2009 inclui uma precipitação acima da média nos vales de Ohio e do Tennessee e chuva abaixo da média no sudoeste e sudeste dos Estados Unidos.
Outros impactos são temperaturas abaixo da média no noroeste do Pacífico e temperaturas acima da média em boa parte do sul dos EUA.
A Indonésia, o país mais populoso do Sudeste Asiático e um importante produtor de café, coco, azeite de dendê e outros produtos agrícolas, pode ter precipitação acima da média, acrescentou o CPC.
O El Niño - que significa menino em espanhol - modifica os padrões climáticos nas regiões da Ásia e do Pacífico. O efeito mais devastador ocorreu em 1997/1998, quando provocou uma seca destruidora na Austrália e na Indonésia, e enchentes no Peru e no Equador.
O fenômeno foi batizado assim por pescadores latino-americanos no século 19, os primeiros a perceberem a anomalia climática.
(Reuters, JB, 05/02/2009)